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Embora a perseguição tivesse abrandado, as autoridades locais por vezes oprimiriam aos cristãos.
Um dos que sofreram assim foi Policarpo, bispo de Esmirna, no ano de 155 d.C.
Até há poucos anos seu martírio era considerado como tendo acontecido durante a perseguição autorizada por Marco Aurélio (imperador romano), mas descobriu-se que o governador da Ásia Menor, Quadrado (Lúcio Estácio Quadrado), governava nos anos 155 e 156 d.C.
Durante esse tempo Policarpo foi morto.
Quando jovem fora discípulo do apóstolo João.
Poucos meses antes de morrer, Policarpo visitara o bispo de Roma, Ancieto, para discutir com ele a questão do dia próprio para celebrar a Páscoa, porque havia divergência concernente ao assunto entre as Igrejas do oriente e do ocidente.
Sobre esta questão mesquinha houve contendas na Igreja durante alguns séculos.
Irineu (bispo de Lyon que conheceu o mártir) diz que embora não pudesse chegar a um acordo neste assunto, o bispo de Roma, como honra especial, convidou seu ilustre visitante a celebrar a eucaristia na igreja de Roma.
Uma grande gesta pagã deu-se no ano de 155 d.C. em Esmirna, e onze cristãos foram trazidos de Filadélfia para serem mortos pelas feras, no anfiteatro.
O povo gritou: “Fora com os cristãos; morte a Policarpo”.
Esse fugiu para uma aldeia, mas sendo descoberto foi trazido à cidade.
Em consideração à sua idade avançada e a sua sabedoria, Nicites, homem de grande influência, e seu filho Herodes, oficial da cidade, foram ao seu encontro, e fazendo-o entrar no seu carro, instaram com ele para que assegurasse a sua liberdade, atribuindo honras a César e consentindo em oferecer sacrifícios aos deuses.
Ele recusou-se a isto e, por este motivo, foi empurrado do carro abaixo com tal violência que na queda torceu uma coxa.
Mas o velho servo de Deus continuou pacificamente o seu caminho, sem se perturbar com a rudeza de Herodes, indiferente aos gritos da multidão que, no seu delírio, o empurrava dum lado para outro; e deste modo chegaram à arena.
KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.
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