O livro de Números, nos capítulos 13 e 14,
relata que, antes de o povo entrar na boa terra, Moisés enviou doze espias, dez
trouxeram um relato desencorajador, afirmando que a terra devorava seus
moradores e que todo o povo que havia nela era de grande estatura. Contudo dois
espias – Josué e Calebe – trouxeram um relato positivo, tentando encorajar o
povo e desfazer a impressão negativa que os outros dez haviam passado.
Lamentavelmente não conseguiram.
Essa resistência de crer no que Deus
prometeu – por causa das evidências contrárias – é típica do ser humano, e isso
inclui todos nós, sem exceção. Temos dificuldade de crer nas promessas de Deus,
mesmo no fato de que Ele quer nosso bem e que completará a boa obra que começou
em nós. Somos ágeis para edificar fortalezas em nossa mente, baseados em nossos
argumentos ou emoções.
Creiamos incondicionalmente nas promessas de Deus!
Olhemos firmemente para Ele, não para nossas limitações, arrazoamentos ou
sentimentos. Nossos conceitos e tradições – muitos deles extraídos de boas
vivências – podem tornar-se um peso em nossa corrida espiritual, impedindo-nos
de receber algo novo que o Senhor venha para nos falar (Hb 12:1b-2a).
O povo de Israel foi incrédulo quanto a entrar na boa
terra de Canaã. Como conseqüência, Deus determinou que vagassem por quarenta
anos no deserto, até que toda aquela geração, exceto Josué e Calebe, morresse
(Nm 32:11-13). Mesmo Moisés, por ter falhado no episódio das águas de Meribá de
Cades, não pôde atravessar o Jordão e entrar em Canaã (20:12-13).
Tudo isso nos serve de advertência. Ainda que as
promessas de Deus para nós – que incluem o crescimento de vida, a transformação,
o reinar com Cristo por mil anos, e tantas coisas mais – nos parecem difíceis de
obter, precisamos crer e invocar Seu nome. Embora seja uma prática tão simples,
por meio dela desfrutamos grande salvação (Rm 10:13).
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado;
mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando
para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:13-13). Aleluia. Prossigamos para o
alvo. Aleluia. Jesus é o Senhor!