"O Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo" (2 Pe 2:9)
LIVRAR DA PROVAÇÃO OS PIEDOSOS
À luz do relato da experiência de Pedro no monte da transfiguração (Mt 17:1-5) e das palavras mencionadas em sua segunda epístola (1:17-18), vemos que um dia nós, os santos, entraremos na glória, que é o galardão que o Senhor nos dará. Se a vida de Deus crescer em nós e estivermos saturados completamente pela natureza divina, teremos o privilégio de reinar juntamente com o Senhor (Ap 3:21).
Ser um vencedor, portanto, no contexto da experiência de Pedro requer de nossa parte uma diligência cada vez maior (2 Pe 1:10). Um vencedor é alguém que cresceu na vida divina e negou sua vida da alma. Ao mesmo tempo é aquele que expressa a natureza divina em sua humanidade. Isso o qualificará a obter como galardão a entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (v. 11).
Assim sendo, a revelação que Pedro recebeu se estende, além da manifestação do reino, até nossa entrada no novo céu e na nova terra (3:13). Embora Pedro não tenha usado o termo ‘Nova Jerusalém’ em sua segunda epístola, esse termo está implícito nas expressões ‘novo céu’ e ‘nova terra’. Pois ele sabia que todas as coisas da velha criação seriam exterminadas pelo fogo (v. 12). Deus purificará toda a terra e queimará todas as coisas anormais, então Pedro nos advertiu, lembrando-nos acerca do julgamento de Deus sobre a terra. Ele ainda diz: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (1:19). O clarear do dia e o nascimento da estrela da alva em nosso coração dizem respeito à nossa entrada no reino milenar.
Pedro, ademais, complementou: “Sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (vs. 20-21). Somente quando um homem está no Espírito Santo é que pode falar essas palavras. O apóstolo nos advertiu de antemão para que todos nós pudéssemos estar preparados. Naquela época a igreja já estava entrando em degradação; havia muitos falsos profetas e falsos mestres, pessoas que tentavam enganar os filhos de Deus (2:1-3). Pedro nos alertou acerca de todas essas coisas, pois queria que nos déssemos conta de que nenhuma palavra negativa e falsa deve permanecer em nosso meio. Sua advertência veio em forma de repetições para que nos lembremos de suas palavras.
Foi também com o objetivo de nos advertir quanto a esses falsos profetas e falsos mestres que Pedro escreveu sua segunda epístola. Mesmo que talvez ainda não tenhamos visto nada disso, devemos estar precavidos. Para alguns, talvez isso já esteja acontecendo. Deus, entretanto, julgará todas as coisas, a exemplo do que fez com os anjos que se rebelaram; com os que estavam em fornicação, na geração de Noé; e contra os moradores de Sodoma e Gomorra que, com seus procedimentos libertinos, afligiam o justo Ló (vs. 4-8).
O Dia de Juízo a que Pedro se refere é o Dia do Senhor (v. 9b; cf. 3:10). Esse Dia do Senhor será um tempo de julgamento, em que Deus julgará todas as coisas. Entre os versículos 10 e 22 do capítulo 2, Pedro continua dando mais detalhes acerca dos falsos mestres, que serão punidos pelo Senhor naquele dia.
Nosso desejo é permitir que a natureza divina seja trabalhada em nossa natureza humana, a fim de que Deus seja plenamente expresso em nosso ser. Devemos ter plenamente a piedade, pois nesse dia o Senhor livrará da provação os piedosos (v. 9).
Que a Paz de nosso Senhor esteja com você!
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