Em paz com os homens e em guerra com Deus.
Engano e medo de romper com as tradições, mantêm os wolofs cativos.
Sentados na praça do vilarejo, os homens wolofs costumam mostrar sua cultura declamando provérbios e contando histórias. Esta habilidade é grandemente disputada por eles e vale como demonstração de maturidade. A filosofia wolof consiste de centenas de provérbios, tais como: "O homem é o remédio do homem"; "Não seja totalmente claro. Tem gente que quer saber tudo". O wolofs sempre procuram não discordar de ninguém, evitam os conflitos sociais a qualquer custo, sendo preferível mentir, a entrar em confronto com alguém. Nunca admitem procederem mal e evitam qualquer atitude que possa denegrir a honra pessoal ou da família. Quanto mais alto se encontrar um wolof na escala social, tanto mais importante é para ele ser digno, paciente e estar em paz com todos. Embora este seja um princípio cristão, não é complementado pelo amor à verdade. Por isto é difícil a um wolof entender o conceito de pecado e a verdade eterna revelada em Jesus Cristo.
Um povo dominador
Tratando-se de um povo orgulhoso, é natural que os wolofs tenham se tornado, durante séculos, um grupo dominante no Senegal, África Ocidental. Constituem-se numa sociedade essencialmente agrícola, vivendo em vilarejos, cultivando amendoim, hortaliças e painço (um cereal). Entretanto, nas cidades maiores mantêm-se nos postos chave do governo e do comércio. Sua língua é a que prevalece no comércio, no Senegal e vizinhanças. Amam a poesia, contar histórias, artes e música. Na maioria dos vilarejos wolofs existem grupos que se especializam nestas matérias.
Crenças religiosas
A sociedade wolof dá a impressão de gravitar em torno do islã, que é, de fato, o seu ponto focal. Todavia, ele é praticado em dois níveis. O mais visível é o islã ortodoxo, como descrito nas enciclopédias. Em um nível mais profundo, porém, se mistura com as crenças africanas, caracterizadas pelo temor dos maus espíritos. Por exemplo: durante a primeira semana de um recém nascido, ele é guardado cuidadosamente, noite e dia, dos perigos que vêm do mundo dos espíritos. São usados amuletos contra a "má língua", sendo oferecidos sacrifícios de animais e libações para apaziguar os espíritos, tudo em nome do islã. Os sauditas construíram escolas islâmicas em todo o Senegal, com o propósito de "purificar" as Irmandades Senegalesas Islâmicas de suas bases animistas, e ensinar-lhes a ler o Alcorão em sua língua original, o árabe.
Desafios ao estilo de vida tradicional
Os wolofs têm uma fortíssima auto-estima, algo que o homem moderno valoriza muito. Isto os impede de enxergar o pecado e a necessidade do evangelho. Não obstante, sua estrutura social tem sofrido grandes catástrofes a partir dos anos 70. A seca persistente impede o alcance de metas agrícolas. O crescimento demográfico combinado com a seca, aumentou o êxodo para as cidades, trazendo consigo as drogas, a prostituição e o materialismo vazio da vida urbana. Muitos homens deixaram suas vilas para trabalhar na cidade ou no exterior, e jamais retornaram. As esposas, assim abandonadas, tiveram que ocupar o papel não tradicional de sair ao trabalho, a fim de sustentarem os filhos, daí resultando um grande número de lares sustentados por pais ou mães solteiras, e ocasionando uma grande mudança nos padrões sociais. É esta mudança que dá ensejo a uma maior abertura dos corações para o evangelho.
Acessos para o evangelho
O Novo Testamento foi traduzido em 1987. Alguns missionários se dispuseram a trabalhar entre os wolofs, mas com pequenos resultados. Há uma igreja evangélica entre os wolofs com cerca de 170 convertidos (na maioria mulheres) em diversas congregações. Entretanto estes crentes falam o wolof, mas pertencem à etnia dos sereres e não dos wolofs. Até o momento em que estamos escrevendo este artigo, há pouquíssimos crentes wolofs no Senegal. O povo wolof identifica todo turista ocidental como cristão. O consumo do álcool, os trajes sensuais nas praias, e o mau comportamento os escandalizam. Além disto, ensinaram aos wolofs que os cristãos crêem em três deuses: (Deus Pai, Maria Mãe e Jesus o Filho), e que Maomé veio para corrigir esta heresia. Colocações assim, predispõem os wolofs contra os cristãos e têm sido causa de muitas perseguições levantadas contra os poucos wolofs convertidos ao cristianismo. Tem sido observado que quando os wolofs são abordados por cristãos sensíveis aos seus padrões sociais, sem ataques ao islamismo, tornam-se mais receptivos ao evangelho.
Fatos sobre os wolofs
- Localização: Principalmente no Senegal, com ramificações nas vizinhas Mauritânia e Gâmbia.
- Economia/Clima: A economia, basicamente agrícola, depende grandemente das chuvas escassas. Nas últimas décadas a seca tem assolado a região.
- Religião: Islã, misturado com espiritismo.
- População: Há cerca de 3 milhões de wolofs, na população estimada de 8 milhões do Senegal.
- Idioma: A língua nativa é o wolof. Fala-se também o francês. O Alcorão é lido em árabe.
- Alimentação: Arroz, painço, peixes, hortaliças. O amendoim, é uma cultura comercial.
- Recreação: Contar histórias, especialmente em dias festivos; danças; lutas.
- Emprego: Mercadores, comerciantes, agricultores, e alfaiates.
- Cuidados sanitários: Existem clínicas médicas, mas os amuletos, ervas e exorcismo são muito difundidos como tratamento das doenças.
- Alfabetização: Estimada em 10% dos adultos. A educação é em francês, com elevado índice de evasão escolar.
- Expressões artísticas: joalheria, moda, cabeleireiros, provérbios, fábulas e canto.
Fontes de informação: Global Mapping International, Operation World, Patrick Johnstone.
Oremos pelos wolofs!
- Para que o evangelho penetre além da mera concordância formal e alcance os corações. E assim os wolofs possam aceitar e servir a Jesus Cristo.
- Para que seja feita a tradução do Antigo Testamento na língua wolof e para que haja ampla distribuição. Para que a Bíblia seja divulgada, e assim a graça e o perdão, desconhecidos no Alcorão, possam alcançar o povo.
- Para que os lares possam dispor de rádios e toca fitas, televisão e vídeo cassetes. O governo já autorizou a rádio difusão de programas cristãos. Há poucas mensagens disponíveis além do filmeJesus. Oremos pelo povo e pelos meios de comunicação, a fim de que haja uma colheita.
- Por obreiros transculturais, habilitados a trabalhar na agricultura e recursos naturais, que possam ajudar o país a descobrir água, melhorar sementes, melhorar a armazenagem de alimentos, modernizar as plantações e melhorar a colocação desses produtos no mercado. Marcos 10.42-45.
- Pelo surgimento de igrejas locais auto sustentáveis, e pelo aumento da oferta de empregos para os cristãos novos convertidos.
ELES DIZEM: "A PAZ É TUDO". Mas precisam de Cristo para receberem a verdadeira Paz.
"E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações e então virá o fim." Mateus 24.14.
Dados Estatísticos
Alfabetização: Estimada em 10% dos adultos. A educação é em francês.
Alimentação: Arroz, painço, peixes, hortaliças. O amendoim, é uma cultura comercial.
Artes: Joalheria, moda, cabeleireiros, provérbios, fábulas e canto.
Estrutura Familiar: ***
Fonte de Renda: ***
Idioma: A língua nativa é o wolof. Fala-se também o francês
Igreja: ***
População: Há cerca de 3 milhões de wolofs, na população estimada de 8 milhões do Senegal.
Recreação: Contar histórias, especialmente em dias festivos; danças; lutas.
Religião: Islã, misturado com espiritismo
Saúde: ***
Nenhum comentário:
Postar um comentário