Trata-se de um novo (nem tão novo assim) conceito de Deus que vem causando polêmica e acirrado debate teológico acerca dos atributos divinos como Onisciência, Onipotência, Onipresença e Soberania. Gostaria de avisar aos leitores que não tenho a intenção de exaurir o assunto, pois que a polêmica abrange mais verdades e requer maior espaço para o debate de coisas como "Deus se arrisca", entre outras. Escrevendo de forma simples descobri que posso ajudar mais pessoas acerca de assuntos que parecem muito complexos. Sabemos, por exemplo, que o assunto envolve questões calvinistas e arminianistas, mas não é o meu objetivo aprofundar a discussão, pois vejo coisas boas em ambas formas doutrinárias. Na minha opinião o Teísmo Aberto é uma afronta direta ao calvinismo tradicional e seus defensores usam argumentos muito fracos para combaterem a doutrina ortodoxa.
Tendo origem na Teologia do Processo na década de 30, seus primeiros defensores foram Charles Hartshorne, Alfred North Whitehead e John Jacob. Contudo a expressão teísmo aberto foi usada pela primeira vez por Richard Rice, escritor adventista, em seu livro “A Abertura de Deus: A Relação entre a Presciência Divina e o Livre-arbítrio”. Apesar de Jonh MacArthur fazer referência a Robert Brow, a maioria concorda que quem cunhou o termo Teísmo Aberto foi Clark Pinnock em sua obra: “Deus limita Seu Conhecimento” em 1986. Ao lado de Pinnock, Jonh Sanders também teria sido um divulgador dessa doutrina.
Ensina a doutrina em questão que Deus é Todo-Poderoso e conhece todas as coisas, mas não conhece as coisas que ainda não aconteceram. Pelo fato de não terem acontecido (ainda) elas não estariam na presença de Deus. Ou seja, Deus não sabe ainda, pois devido ao livre-arbítrio que concedeu ao homem, não sabe que decisão o homem vai tomar. Assim, Deus conhece o futuro, mas não todo. Deus está no controle, mas não interfere na vontade do homem. Isso, afirmam eles, faz com que Ele seja Soberano, pois mesmo não sabendo o que os homens irão fazer, tem o controle em Suas mãos. Desse modo, Deus abriria mão de conhecer o futuro devido à liberdade de escolha que deu ao ser humano, logo, Deus se esvaziaria de sua soberania, diminuiria em onisciência, onipotência e onipresença. Richard Rice, citado por Pinnock, teria escrito que Deus tem certa noção do que alguém vai fazer na sexta-feira próxima, mas não tem a exata certeza, porque a pessoa ainda não fez. Tem um exemplo intrigante da pizza: Deus sabe que domingo depois do culto, você vai comer uma pizza com sua família, mas não sabe o sabor, porque você e sua família só vão decidir (o sabor) no domingo após o culto.
Outro problema do Teísmo Aberto é a visão que têm de que Deus não intervém na História, posto que a história se descarrilhou, como um trem que saiu dos trilhos, e que tudo que está aí não tem o aval de Deus, sendo as decisões humanas ou os homens os únicos responsáveis.
No Brasil os maiores defensores da chamada abertura do teísmo são, Ricardo Gondim Rodrigues, pastor da Assembléia de Deus Betesda, Ed René Kivitz, pastor da Igreja Batista e o escritor Paulo Brabo. Embora em seus escritos afirmem que Deus seja Onisciente, Onipotente, Onipresente e Soberano, e não confessem defender a abertura do teísmo, preferindo seguir os caminhos da Teologia Relacional, seus escritos os denunciam como doutrinadores da heresia em questão.
A Doutrina Ortodoxa ensina que: 1) Deus é Onisciente: conhece todas as coisas: passado, presente e futuro (quanto ao homem, Davi diz no Salmo 139 que Deus escrevia seus dias um a um antes mesmo de existirem e “antes que a palavra saísse à boca”, Deus já a conhecia toda); 2) Deus é Onipotente: tem poder para fazer todas as coisas; 3) Deus é Onipresente: está presente em todos os lugares; e 4) Deus é Soberano: faz tudo o que Lhe apraz.
E você o que acha do Teísmo Aberto? É Doutrina Bíblica ou Heresia Moderna?
Fonte: FAESP - Faculdade Evangélica de São Paulo (Lapa)
(Resumo Extraído da Apostila Elaborada por Pastor Guedes).
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Maranata. Ora Vem Senhor Jesus!
Deus abençoe a todos.
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