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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Estudo 6 - Livro de Romanos

A Revelação do Mistério

“Jesus Cristo, nosso Senhor, por intermédio de quem viemos a receber graça e apostolado por amor do seu nome, para a obediência por fé, entre todos os gentios, de cujo número sois também vós, chamados para serdes de Jesus Cristo”. (Romanos 1:4-6)


Mencionamos nos primeiros estudos os vários “mistérios” citados na Bíblia. Em Colossenses vemos que o mistério de Deus é Cristo, e em Efésios 3:2-11 é dito que o mistério de Cristo é a Igreja, por sua vez, é o mistério da piedade: Deus foi manifestado na carne (ITim 3:15, 16). Por um lado, a manifestação de Deus na carne é Cristo, por outro, o fato de Paulo ter mencionado a igreja no versículo 15 indica que a “grande” manifestação de Deus na carne é Sua casa, a igreja, formada de seres humanos regenerados com a vida divina.

Em Mateus 16 vemos claramente a revelação do mistério de Deus e do mistério de Cristo. No versículo 13 lemos que Jesus levou Seus discípulos para as bandas de Cesaréia de Filipe, Jerusalém, por causa do templo, era um lugar onde havia uma densa atmosfera religiosa que impedia de se ver os fatos espirituais de maneira clara. Por isso, o Senhor os levou para longe disso, para uma região aos pés do monte Hermon, que, na Bíblia, representa um lugar de bênção e do dispensar de Deus (Sl 133).

Em Cesaréia, Jesus perguntou ao discípulos quem o povo dizia ser Ele, o Filho do homem. Responderam-lhe que alguns diziam ser Ele João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas – todos viam-No meramente como um homem. Então, Jesus perguntou quem eles, que já estavam com Ele há algum tempo, diziam ser Jesus. Pedro, então, tomou a iniciativa, e disse que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16:13-16).

Antes de prosseguirmos, queremos abrir um parêntese a fim de extrair algumas lições de vida a partir da figura de Pedro. Ele era alguém com uma vida da alma bastante forte, e certamente ninguém deseja hoje ser como ele era naquela época. Mas a vida de Deus operou nele. Quando o Senhor Jesus soprou o Espírito Santo em Pedro, ele foi regenerado. No entanto, ele ainda não sabia como viver pela vida divina, por isso até levou outros discípulos de volta à sua antiga profissão de pescador (Jo 21). Então, o Senhor explicou a Pedro que enquanto ele, Pedro, fosse jovem, ou seja, enquanto fosse imaturo espiritualmente, enquanto vivesse pela vida da alma, ia por onde queria. Mas quando fosse velho, ou seja, quando amadurecesse espiritualmente, seria conduzido por outros por onde não queria ir (v. 18).

A referência a ir para onde “não queres”, indica a emoção e a vontade, que são duas partes da alma. Portanto, isso se refere à salvação de forma orgânica, ao crescimento da vida divina para dentro da alma de Pedro. Deus obtém isso por nos impedir de fazer o que desejamos, por dar-nos o que não queremos, por negar-nos o que queremos e por levar-nos a fazer o que não queremos. Isso é salvação de Deus! Que visa tratar nossa vida da alma para que ela seja eliminada de nós.

Após Pedro dizer que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus disse-lhe que isso lhe fora revelado pelo Pai que está no céu (Mt 16:17). Deus Pai tinha um mistério, e Ele mesmo o revelou. Jesus, então, acrescentou a revelação de Seu próprio mistério, ao mencionar a igreja (vs. 18, 19). Vemos aqui, em Seus dois aspectos, o grande mistério da piedade: Deus foi manifestado na carne, tanto em Cristo como na igreja. Isso é parte do evangelho de Deus, parte da fé, do plano eterno de Deus, no qual cremos e do qual somos feitos participantes. Assim, seja dada toda a honra e toda a glória, à esse Deus maravilhoso o qual servimos e desfrutamos no espírito.

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