Cacho de uvas esculpido na alvenaria da sinagoga de Cafarnaum |
A videira tinha grande importância na religião de Israel. Era usada como símbolo da vida religiosa do povo e uma escultura de um cabo de uvas com frequência adornava o exterior da sinagoga. O simbolismo se baseava em passagens tais como Salmos 80 e Isaías 51.1-5, onde Israel é a videira de Deus. A importância da vinha é a razão dos fariseus terem se enfurecido tanto quando Jesus contou a história dos lavradores maus na vinha (Jo 15.5-7), como cumprimento de tudo que Israel devia ser para Deus.
A videira era também importante porque destacava o ensino sobre o uso certo e errado das coisas. O vinho era uma das coisas boas que Deus deu (Gn 27+28); Jz 9.13) e como tal devia ser oferecido a Ele nas ações de graças (Êx 29.40). Quando o lavrador morava muito distante do santuário central para entregar o dízimo do vinho, este devia ser vendido e usado para comprar algo com que agradecer a Deus (Dt 14.22-26).
Devia haver, porém, abstenção do vinho com propósitos disciplinares. O nazireu não comia ou bebia absolutamente nada proveniente do fruto da videira (Nm 6.3). João Batista não tomava vinho (Lc 1.15) e ele era proibido para os sacerdotes (Lv 10.5-9) quando iam à presença de Deus. O vinho podia ser usado com bons propósitos (Gn 14.18; Is 5.11; 28.7). Os excessos de comportamento causados pelo vinho é que eram condenados na Bíblia, e não o ato de beber vinho em si (Rm 13.13; 1Co 11.21; 1Tm 3.8; Tt2.3).
Pb Donizeti (Um servo do Senhor a serviço do reino de Deus).
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