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Coragem dos Crentes
A grande coragem dos crentes que notamos em Policarpo, Inácio e outros, não se encontrava somente neles.
Nem só os cristãos de longa experiência ou os homens fortes e valorosos por natureza, mostraram essa resistência no sofrimento; também os tímidos e fracos mostravam igual poder; tanto ose via nas mulheres como nos homens; nas crianças de tenra idade como nos de idade madura.
A força que os tornava vencedores não provinha deles, mas de Deus, por cujo poder somente eram guardados pela fé (1 Pe 1.5).
É certo que houve alguns que procuravam resistir ao inimigo na sua própria força, e um destes foi um frígio chamado Quinto, que andou por diversos pontos a persuadir os cristãos para irem ao encontro da perseguição.
Mas que primeiro momento de verdadeiro perigo voltou as costas ao Senhor e negou-O.
Não queremos duvidar da realidade do seu zelo, porém agiu sem fé.
Confiou na sua própria força, em lugar de pedir a outro, e não se lembrou que Deus tinha dito: “O meu poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Co 12.9).
Deixou cair o escudo da fé, pela qual podia ter apagado os dardos inflamados do maligno, e valeu-se do escudo da própria ousadia, que, como era de esperar, foi atravessado pela primeira seta do inimigo.
Não aconteceu o mesmo a Perpétua — mártir de Cartago, cujo nome deve sempre figurar em um dos primeiros lugares dos anais do martirológio.
Sofreu durante o tempo da perseguição de que vamos falar, e que se levantou no princípio do terceiro século, quando o imperador Severo ocupava o trono dos Césares.
Continua.
KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.

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