Uma vez feito o arranjo para o casamento, havia um noivado mais exigente do que os noivados na sociedade contemporânea. O homem assim comprometido com uma mulher, embora não estivesse ainda casado, ficava isento do serviço militar (Dt 20.7). Se uma moça noiva fosse estuprada por outro homem, não poderia tornar-se esposa deste, como seria normalmente o caso (Dt 22.28,29), por já pertencer ao seu futuro marido. Tal violação envolvia a pena de morte (Dt 22.23-27).
As palavras formais do noivado eram provavelmente as ditas por Saul quando Mical e Davi se comprometeram para casar-se: "Agora, pois, consente em ser genro do rei" (1Sm 18.22). O compromisso do noivado só podia ser dissolvido por uma transação legal (na verdade um divórcio) e a base para tal cancelamento era o adultério (veja Dt 22.24). O noivado durava cerca de 12 meses, durante os quais a casa era preparada pelo noivo e o enxoval preparado pela noiva. A família da noiva fazia os preparativos para a festa do casamento.
Maria e José estavam noivos quando foi descoberto que ela estava grávida. José não queria expô-la publicamente, porque, como suposta adúltera, Maria teria sido apedrejada até a morte. José deve ter amado muito a sua voz em sonhos para consentir no seu casamento com ela. esse talvez tenha sido um reflexo do caráter que Deus procurava no homem que deveria criar Jesus (Mt 1.18-20). Nos dias do Novo Testamento, um homem como José ficava oficialmente noivo quando dava um presente à moça e dizia: "Com isso você é separada para mim, segundo as leia de Moisés e de Israel".
Pb Donizeti (Um servo do Senhor Jesus a serviço do reino de Deus)
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