Projeto Didásko PORTUGAL - CARTA DE ORAÇÃO - MARÇO DE 2025

Fonte: Autor.

Alcabideche (Cascais), Portugal, 21 de março de 2025.

“Uma Igreja Missionária precisa ser perseverante em todo o processo. Não apenas em uma ou outra ação de vulto, mas também precisa saber que a Obra Missionária só terminará, quando o Senhor Jesus voltar. E se isto vai demorar ou não, está fora de nosso alcance. O que devemos fazer, como Igreja envolvida na Obra de Deus, é prepararmo-nos para uma ação contínua, perseverante, séria, que tenha em mente um trabalho constante!” — Antônio Nasser

Amados irmãos e companheiros na obra missionária,

Que a graça e paz de nosso Senhor Jesus Cristo vos sejam multiplicadas.

Na última carta disse que o tempo melhorava, mas pouco depois o frio e a chuva voltaram com força. O mês de março caminha para ser o mais chuvoso dos últimos 20 anos, marcado principalmente pelo número incomum de tempestades — quatro até agora.

A mais recente, chamada Martinho, atingiu o país com força nos dias 19 e 20, trazendo chuvas intensas, ventos fortes com rajadas que ultrapassaram os 120 km/h e grande agitação marítima. Causando estragos por todo o país, com a queda de árvores e postes, sendo que a área Metropolitana de Lisboa foi a mais afetada.

As previsões meteorológicas não indicam melhorias definitivas no tempo antes do final de abril, indicando chuvas frequentes ao longo desse período. Não me recordo de ter visto tanta chuva como neste inverno — nem mesmo durante o período das monções na Índia. Imaginem o desafio para lavar e secar a roupa, isso sem contar a luta incansável contra o mofo.

Embora a chuva seja boa e necessária, ao se prolongar por muitos meses, a gente começa a sonhar com aqueles dias longos, bonitos e ensolarados do verão aqui em Portugal.

Gostaria muito de poder partilhar todos os meses novidades e fotos do nosso trabalho aqui em Portugal. Mas a realidade no campo nem sempre anda no ritmo que gostaríamos. Além disso, existem limitações legais quanto ao uso de imagens de outras pessoas sem autorização por escrito.

Nos últimos dias, um vídeo que viralizou no Brasil chamou a atenção para o desafio de se fazer missões em Portugal. Nele, uma pessoa pergunta a vários portugueses — de diferentes idades e contextos — se acreditam em Jesus. A maioria diz que não. Para alguns pode parecer um pouco exagerado, mas o conteúdo reflete bem a realidade espiritual do país.

Portugal, assim como boa parte da Europa, vive hoje um contexto claramente pós-cristão — assunto que aprofundei no meu livro Europa Pós-Cristã: de celeiro de missões a desafio missionário. Apesar disso, há sinais de esperança. Nos últimos 10 anos, o número de evangélicos em Portugal mais do que dobrou, passando de 0,69% em 2011 para 2,13% em 2021.

No entanto, esse crescimento tem sido impulsionado, na maioria, pela chegada de brasileiros, angolanos e outros imigrantes. Por outro lado, o grupo dos não-religiosos também cresceu muito — de 6,84% (2011) para 14,09% (2021) — e hoje é o segundo maior do país, ficando atrás somente dos católicos (80,2%). Tudo isso mostra que o trabalho missionário em Portugal exige mais do que entusiasmo: é preciso compromisso, fé, paciência e muita perseverança.

Por favor, orem:

* Pela saúde física, emocional e espiritual de toda nossa família;

* Pelos desafios espirituais de Portugal;

* Pela melhoria das economias brasileira e portuguesa;

* Por novos mantenedores para nos apoiarem no nosso sustento mensal;

* Por sabedoria e direção de Deus para os nossos passos e planos.

Muito obrigado a todos os queridos irmãos, pastores e igrejas que estão nos apoiando na obra missionária! Que Deus continue abençoando grandemente e recompensando a fidelidade e constância de cada um dos queridos irmãos.

Com gratidão,

Pr. Paulo Henrique e família

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