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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

História do Cristianismo

Uma Carta de Plínio

A carta de Plínio (Caio Plínio Cecílio Segundo, 61-62 a 114 d.C.) ao imperador (aqui é Marco Úlpio Nerva Trajano, 53 a 117 d.C.) e a resposta deste, são cheias de interesse.

Um dos períodos dessa carta rezava assim:

“Todo o crime, ou erro, dos cristãos se resumia nisto — tinham por costume reunir-se num certo dia antes do romper da aurora, e cantar juntos um hino a Cristo, como se fosse um deus, e se ligar por um juramento de não, cometer qualquer iniquidade, de não ser culpados de roubo ou adultério, de nunca desmentir a sua palavra, nem, negar qualquer penhor que lhes fosse confiado, quando fossem chamados a restituí-lo.
Depois disto feito, costumavam separar-se, e, em seguida, reunir-se de novo para uma refeição simples, da qual partilhavam em comum sem a menor desordem, mas deixaram esta última prática depois da publicação de um edital em que eu proibi reuniões, segundo as ordens que recebi.
Depois destas informações julguei muito necessário examinar, mesmo por meio de tortura, duas mulheres, que diziam ser diaconisas, mas nada descobri a não ser uma superstição má excessiva.”

Isto tudo era o que Plínio podia dizer.

Não é para admirar que um homem estranho à graça de Deus visse na religião de Jesus Cristo, desprezado e humilde, apenas uma superstição má e excessiva.

Não é motivo de admiração que o urbano e instruído governador, cuja fama era conhecida no mundo inteiro, escrevesse com tal desdém a respeito de um povo cujas opiniões eram tão diferentes das suas.

“O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porquanto se discernem espiritualmente.” (1 Co 2.14).

Continua.

KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.

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