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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

História do Cristianismo

O Segundo Século da Era Cristã

Reinado de Nerva, Trajano e Marco Aurélio

Havia apenas dezoito meses que Domiciano havia morrido, quando a Igreja, que ficara isenta de perseguição durante o curto reinado de Nerva (Marco Coceio Nerva; 08/11/30 d.C. – 27/01/98 d.C.; foi imperador romano de 96 até a sua morte em 98), seu sucessor, começou novamente a sofrer.

Nerva era um homem de caráter brando e generoso, e tratou bem os cristãos e com uma benignidade digna de louvor reestabeleceu todos que foram expatriados pela perseguição de Domiciano.

Porém, depois de um reinado de dezesseis meses, foi atacado de uma febre, da qual nunca se restabeleceu.

O seu sucessor, Trajano, deixou os cristãos tranquilos por algum tempo, mas sendo levado a suspeitar deles, determinou que se renovasse a perseguição, e, sendo possível, que se exterminasse a nova religião, por meios decisivos e severos.

Parecia ao seu espírito orgulhoso que o Cristianismo era uma ofensa, um insulto para a natureza humana, e que seu ensino era (como efetivamente era) inteiramente oposto a filosofia dos seus tempos: uma filosofia que elevava os homens a deuses, e julgava efeminadas e desprezíveis a humildade e brandura dos cristãos.

Mas Trajano não tinha a crueldade de Nero, nem de Domiciano; e podia-se notar certa perplexidade nessa ocasião e indecisão na sua conduta, que contrastava, de maneira notável, com a inflexibilidade de propósito que ordinariamente mostrava nos seus atos.

Pela sua carta a Plínio, governador de Bitínia e Ponto, pode-se ver que ele não sentia prazer algum na tortura ou execução dos seus súditos.

Nessa carta diz ele claramente: “Não se deve andar à procura desta gente”; e acrescenta, “se alguém renunciar ao Cristianismo, e mostrar a sua sinceridade suplicando aos nossos deuses, alcançará o perdão pelo seu arrependimento".

Em suma, era a religião, e não os seus adeptos, que Trajano odiava.

Continua.

KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.

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