O Soldado perdido
Toda vez que há referencia a história da ovelha perdida, lembro-me de uma realidade chocante e triste:
Em certas tribos a taxa de mortalidade infantil é grande por questões culturais, isto é, lá os pais têm o costume de dar alimentos e assistência aos filhos mais fortes, enquanto os mais fracos por consequência ficam para morrer.
Devemos ficar felizes ao saber que nosso Deus não age dessa forma, e supera também a maneira como nossos pais nos cuidam conforme Salmos 27:10 e ao contrario do exemplo das tribos que citei, conforme Mateus 18 ele se preocupa especialmente com a ovelha perdida.
A questão que se pode perceber nessa missão de resgate do pastor a uma única ovelha perdida, em detrimento de por um instante cuidar de todas as outras noventa e nove que não estavam em um abrigo, antes estavam pastando no monte.
Então a ovelha perdida tem mais valor que as salvas?
Afinal de contas no versículo 13b diz “quando ele a encontrar, ficará muito mais contente por causa dessa ovelha do que pelas noventa e nove que não se perderam”.
Bom, essa parábola é bem parecida com a do filho pródigo (Lucas cap.15 vers. 11 a 32), ambas contrárias ao da tribo que citei no inicio.
O que Deus quer nos dizer é que na missão de resgate qualquer dentre todas as ovelhas que se perder, tem tanto valor quanto as que estão salvas.
Diz-nos também que as que estão salvas têm condições de se alimentar, e por certo o pastor sabia que no lugar onde as noventa e nove estavam era seguro.
Também na parábola do filho pródigo, que estava perdido e voltou.
A aceitação pelo pai demonstra o amor de Deus, tanto quanto o pastor que busca a ovelha perdida.
Então também podemos ver que todos nós salvos temos importância diante de Deus, e que ele sempre está à disposição para ir nos resgatar, como também que os salvos podem e devem se alimentar da palavra de Deus sempre, e que devem ficar sempre em união.
Deus nos Perdoa, assim como perdoamos...
Além dessa lição existe também algo a mais que se pode aprender sobre a ovelha desgarrada aquela que por pecar, necessita de perdão.
Não somente o de Deus, mas especialmente o nosso.
É talvez difícil compreender o reino dos céus com nossas mentes, isto é, sob os valores egoístas da sociedade em que vivemos.
Ainda assim, pela fé cremos no fato de Deus perdoar os nossos pecados, no entanto, começa a ficar mais complicado entender o reino de Deus quando temos que liberar perdão para nosso próximo, tal qual a parábola descrita entre versos 21 a 35 do cap. 18 de Mateus.
A melhor maneira de olharmos essa parábola, também referenciada na oração do pai nosso, ”Perdoa as nossas ofensas assim como perdoamos aqueles que nos ofenderam” Mateus cap. 6 vers. 12.
Sim, o rei dessa parábola faz referencia ao nosso Deus que nos aceita pela graça e sempre nos perdoa, mas para isso precisamos perdoar pelo menos 70 vezes 7, isso por dia!
Quando olhamos a parábola nos parece muito conflitante a atitude do empregado que tinha uma dívida enorme (verso 26) que fora perdoada e logo depois essa mesma pessoa, não perdoa alguém que devia muito menos para ele, será que não é isso que às vezes fazemos?
Como é difícil a atitude de perdão genuíno seguido de aceitação de quem errou, quando nosso próximo nos frustra com seu comportamento ou atitude?
Nesses momentos devemos nos lembrar de como Jesus nos ama e perdoa, mesmo quando o frustramos consecutivas vezes.
Esse soldado perdido, essa ovelha desgarrada, a qual sempre o pastor irá à missão de resgate, com certeza, necessitará de perdão e aceitação por parte das outras noventa e nove que estão no rebanho, e nesse momento, Deus espera que tenhamos nosso coração aberto para em amor aceitar, e perdoar se for o caso, nosso novo irmão.
Pb Donizeti (Um servo do Senhor Jesus a serviço do reino de Deus)
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