Tragédia na Região Serrana do Estado do Rio completa 1 ano
Forte temporal deixou mais de 900 pessoas mortas em seis municípios
A maior tragédia natural da história do Brasil em número de vítimas completa 1 ano nesta quinta-feira. Foi na madrugada do dia 12 de janeiro de 2011 que um forte temporal de longa duração atingiu a Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, deixando um rastro de destruição e 905 pessoas mortas. Os municípios mais afetados pela tragédia foram Nova Friburgo e Teresópolis, com 426 e 382 óbitos, respectivamente. Petrópolis (71), Sumidouro (21), São José do Vale do Rio Preto (4) e Bom Jardim (1) foram as outras cidades que também registraram mortes por causa das chuvas. O temporal que atingiu a Região Serrana do Rio foi tão intenso que, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a estação meteorológica do centro de Teresópolis registrou 124,6 mm de chuva só no dia 12 de janeiro. A quantidade foi quase a metade da média histórica para aquele mês na região – 290,4 mm –, medida desde 1913. Rio de Janeiro já tem mais mortes por chuva do que todo o Brasil em 2010
Desaparecidos
Um ano depois da tragédia, o Programa de Identificação de Vítimas (PIV) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) ainda possui 215 comunicações de desaparecimento na Região Serrana, sendo 137 apenas em Teresópolis. A lista contém informações registradas por parentes e amigos de vítimas. De acordo com o promotor Pedro Borges Mourão, coordenador do PIV, os casos até hoje são checados. Segundo ele, neste um ano de trabalho, aconteceram casos onde um corpo foi reconhecido por mais de uma família como sendo de um parente. “Muitas pessoas acham que é simples fazer um teste de DNA, mas não é. Imagine pegar uma amostra de sangue em um corpo sujo de terra, lama. Às vezes, é preciso amplificar a amostra diversas vezes”, informa o promotor. Segundo Mourão, algumas situações inesperadas também acontecem. Um homem que havia sido declarado desaparecido por familiares, por exemplo, foi encontrado vivendo em outro local. “Ele não voltou para casa porque abandonou a família. No geral, o trabalho é volumoso e delicado. Não podemos errar e declarar que uma pessoa está morta sem estar”, afirma.
Chuva rara
Um estudo da Coordenação de Programas de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ) concluiu que a chuva que atingiu a Região Serra fluminense pode levar aproximadamente 500 anos para ocorrer novamente. Para os autores do levantamento, os estragos foram consequência de uma combinação de fatores meteorológicos. Chuvas fortes são comuns no verão e duram no máximo 15 minutos. O temporal da tragédia, no entanto, durou aproximadamente quatro horas, deixando o solo encharcado e instável. O fenômeno ainda teve um agravante com o imenso volume de terra, enormes pedras e árvores presentes nas barragens naturais dos rios. O material deslizou das encostas e foi arrastado pela tromba d´água.
Destruição
O resultado da tragédia natural foi um amontoado de casas em ruínas, árvores arrancadas pelas raízes, carros reduzidos a ferro-velho em meio a escombros e muita lama. Em Teresópolis, o cenário de devastação lembrava a Faixa de Gaza na semana seguinte ao fim dos bombardeios, como comparou o repórter do iG Raphael Gomide que esteve nos dois lugares. No bairro Espanhol, um voluntário conseguiu retirar uma criança que estava soterrada na lama entre os escombros de uma casa. A criança, entretanto, morreu instantes depois. “Ainda era possível sentir o calor do corpo da menina”, relatou Célio Santos na ocasião. Em Nova Friburgo, uma escola e uma capela foram usadas como IML devido ao grande número de corpos. O cheiro na cidade era forte e diversas pessoas usavam máscaras. A Praça do Suspiro, atração turística do município, foi reduzida a um grande amontoado de lama, que ia até o joelho. Em Itaipava, distrito de Petrópolis, entre as vítimas estava a designer e estilista Daniela Conolly, de 39 anos. Ela estava hospedada em um sítio com a família para comemorar o aniversário do pai, que também morreu. Morreram ainda a mãe da estilista, o marido, Alexandre França, o filho dela, João Gabriel, de dois anos, a babá e três sobrinhos. Daniela era irmã do empresário Erik Conolly de Carvalho, diretor da holding do Grupo Icatu. Os relatos comoventes de pessoas que sobreviveram às fortes chuvas ajudaram a entender a dimensão do estrago provocado pela maior tragédia natural da história do Brasil. “É um misto de sorte e tristeza”, disse o pintor Luiz Fernando Conceição, que perdeu o pai. Rosângela Pereira Tavares só teve tempo de salvar as filhas gêmeas de 11 meses quando a água começou a invadir sua casa. “Estava acima da minha cintura. Sabe o que é enfrentar correnteza com um bebê no colo?". O pedreiro Cartolino Ferreira perdeu a mulher na enxurrada e só sobreviveu porque ficou preso entre duas casas. “Estava completamente nu, preso num monte de lixo”, contou. “Foi um milagre”, resumiu.
Fonte: Site IG, http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/rj/tragedia-na-regiao-serrana-do-estado-do-rio-completa-1-ano/n1597564330968.html
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