“Percebendo Pilatos que não conseguia demover o povo, mas ao contrário, um princípio de tumulto já era visível, ordenou que lhe trouxessem água, lavou as mãos diante da multidão e exclamou: ‘Estou inocente do sangue deste homem justo. Esta é uma questão vossa!’ E todo o povo respondeu: ‘Caia sobre nossas cabeças o seu sangue, e sobre nossos filhos!’. Diante disso, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou que Jesus fosse flagelado e o entregou para ser crucificado.” Mt 27.24-26
Pilatos lavando suas mãos jogou a sua responsabilidade ao povo. Ele reconheceu que Jesus tinha algo de diferente e que não poderia condenar-lhe.
Jogando a decisão de escolher sobre Jesus, ele esquivou-se da responsabilidade de dizer sim ou não, mas não deixou de condenar a Jesus. A multidão inflamada pelos lideres do povo, que ao invés de libertarem o aquele que lhes libertaria, trocou o santo pelo profano, Jesus pelo ladrão zelote Barrabás. Não foram todos os lideres do povo que incitaram a morte, mas calados, foram eles pela maioria ensandecida.
Na parte em negrito do texto acima o povo chama para si a responsabilidade da sentença de Jesus.
Poucos ali escolheram uma sentença para toda uma nação por mais de uma geração!
E a sentença começou a ser aplicada sobre a nação:
- 40 anos mais tarde, mesmo antes do cerco a Jerusalém, o sangue dos judeus jorrava pelo país.
- Ao final do ano 66 foram trucidados mais de 20.000 judeus em Cesaréia, por seus próprios concidadãos gentios.
- Em Citópolis os sírios massacraram 13.000 judeus.
- EM Alexandria, mais de 50.000 judeus foram chacinados por cidadãos gregos e soldados romanos, e suas casas, reduzidas as cinzas.
- O massacre em Jerusalém não poupou nem os bebês. O próprio pátio do templo virou um lago de sangue.
- Durante o sítio, os poucos sobreviventes esfomeados eram forçados a roer as próprias sandálias e contos de couro.
- Diariamente mais de 500 judeus morriam crucificados, até que não houvesse mais madeira para confeccionar cruzes.
- Segundo o historiador Flávio Josefo, mais de um milhão de judeus foram mortos durante todo o período do sítio romano.
- Cerca da 97.000 homens jovens que sobreviveram foram vendidos como escravos, transformados em gladiadores ou morreram na arena do anfiteatro, lutando contra animais ferozes.
O clamor do povo foi ouvido e sobre as suas cabeças e as de seus filhos recaiu o sangue de Jesus.
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