“Diante disso, Pilatos soltou-lhes Barrabás, mandou que Jesus fosse flagelado e o entregou para ser crucificado.” ... “Despojaram-no de suas vestes e o cobriram com um manto vermelho vivo. Trançaram uma coroa de espinhos e a forçaram sobre a sua cabeça. Puseram em sua mão direita um caniço e, ajoelhando-se diante dele, escarneciam exclamando: ‘Salve! Salve! Ó Rei dos Judeus!’ Cuspiram nele e, tirando o caniço de sua mão, espancavam-lhe com ele a cabeça. Depois de haverem zombado dele, despiram-lhe o manto e o vestiram com suas próprias roupas. Em seguida, o levaram para ser sacrificado.” Mt 27.26 e Mt 27.28-31 KJA
O sofrimento de ver aqueles que Ele, Jesus, tanto amou o desprezarem não seria o único que ele passaria.
A Bíblia relata entre outros sofrimentos:
Era proibido para os cidadãos romanos, sob qualquer motivo. Apenas escravos provincianos eram chicoteados como preparação para a crucificação. Os chicotes eram feitos de finas tiras de couro duro, trançadas com pedaços de osso, chumbo e espinhos agudos e venenosos. O martírio de Policarpo, por exemplo, é descrito nos documentos da comunidade de Esmirna como: “dilacerado pelos açoites, a ponto de ser possível ver os vasos sanguíneos interiores e a estrutura do seu corpo (ossos)”. Eusébio relata sobre o flagelo de Doroteu, sob Diocleciano: “até seus ossos ficaram expostos”. Por isso eram comuns os flagelados morreram antes da crucificação. Mas Jesus suportou tudo em silêncio (Is 53, leia).
Exposição de sua nudez
Diante da guarda Pretoriana foi desnudado, o que não época e pela lei já era algo terrível.
A Coroa de Espinhos
Feita especialmente para Jesus, Coroa esta que não foi feita para servir a Jesus como honra uma referência á expressão “rei dos judeus” oriunda da perseguição. Ela foi cravada em sua cabeça, colocada a força o máximo que conseguiram.
O Caniço
Apontava como sendo um cetro, instrumento pelo qual um rei aponta e demonstra seu querer e poder. Ao baterem em Jesus com o caniço demonstravam que não havia nEle poder algum.
A Via Crusis
Ou também via sacra, o caminho da cruz. Trecho percorrido por Jesus nas ruas de Jerusalém onde ali a exposição do futuro crucificado era geral a toda a comunidade. Ali era ele, cuspido, esbofeteado, apedrejado e xingado; o sofrimento físico de carregar a cruz e moral por ouvir tudo aquilo era proposital e imposto como suplicio psicológico ao condenado.
A Cruz
Esta é um capítulo especial desta sentença. A cruz era composta de duas peças de madeira, uma viga vertical staticulum e outra horizontal antenna. Na primeira, mais ou menos no centro, era fixado um pino de madeira, chamado de cornu chifre, sobre o qual o crucificado ficava montado. Os crucificados viviam em média cerca de doze horas. A febre que logo se manifestava causava um tipo de sede ardente. A crescente inflamação das feridas nas costas, mãos e pés, o ataque dos insetos e aves carniceiras que se aproximavam devido ao odor de sangue e dos excrementos, assim como a pressão do fluxo sanguíneo contra a cabeça, o pulmão e o coração, e o inchaço de todas as veias provocavam a mais horrível agonia e dor. Cícero dizia: “A crucificação é o mais cruel e terrível dos castigos”. A execução tinha de ocorre fora da cidade (Lv 24.14), como um sinal de exclusão da sociedade humana (Hb 13.12). João relata que Jesus saiu da cidade (Jo 19.17) e, segundo o costume (Mt 10.38), carregou pessoalmente sua cruz.
A Exclusão Social
Oriunda da crucificação, o que levou Jesus até o Gólgota, que é a tradução latina do nome em aramaico da nossa palavra Calvário. Era um monte fora dos muros de Jerusalém, que, visto de longe assemelhasse a uma caveira humana, daí o significado Lugar da Caveira.
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