A Segunda Perseguição
Pouco se sabe desta perseguição, mas esse pouco é, sem dúvida, interessante.
E entre os muitos mártires que sofreram encontram-se João, o discípulo amado de Jesus, e Timóteo, a quem Paulo escreveu com tão afeiçoada solicitude.
Diz-se que o primeiro foi lançado, por ordem do tirano, numa caldeira de azeite a ferver, mas por um milagre feito a seu favor saiu de lá ileso.
Incapaz de ferir o corpo, o imperador desterrou-o para a ilha de Patmos, no Mar Egeu, onde foi obrigado a trabalhar nas minas.
Foi ali que escreveu o livro do Apocalipse, e teria sem dúvida terminado ali a sua vida, se não fosse a inesperada morte do imperador (Flávio Tito Domiciano), assassinado pelo próprio administrador da sua casa, no ano de 96 d.C.
Sendo então o apóstolo João posto em liberdade, voltou para Éfeso (Ásia Menor), onde escreveu a sua história do Evangelho (Segundo João) e as três Epístolas (de João) que trazem o seu nome.
Parece que ali, como sempre, foi levado em toda a sua vida pelo amor, e quando morreu na avançada idade de cem anos, deixou, como legado, este simples preceito "Filhinhos, amai-vos uns aos outros" (1 Jo 4.11).
Frase simples, esta, e pronunciada há muitos anos, mas qual de nós tem verdadeiramente aprendido o seu sentido?
Escritores do segundo século contam várias histórias do venerável apóstolo.
Como visitava as igrejas da Ásia (Menor) mencionadas nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse (Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a Sardes, a Filadélfia e a Laodiceia).
Quando não podia mais andar a pé, costumava ser levado numa padiola as reuniões da Igreja.
Até o fim exortava os cristãos a amarem uns aos outros, a seguirem a verdade e a fugirem das heresias.
Continua.
KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.
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