"Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo."
2 Co 5.17
O paradoxo sorites, conhecido também por paradoxo do monte, com "monte" no sentido de uma grande “quantidade”.
Sorites do grego significa "pilha, monte, montão", é um paradoxo que aparece quando se utiliza o "sentido comum" sobre conceitos vagos.
É adequadamente descrito pela pergunta: Em que momento um monte de areia deixa de sê-lo quando se vai removendo grãos?
Mais especificamente, o paradoxo se produz porque enquanto o sentido comum sugere que os montes de areia têm as seguintes propriedades, estas propriedades são inconsistentes:
[1] Dois ou três grãos de areia não são um monte.
[2] Um milhão de grãos de areia, sim, são um monte.
[3] Se n grãos de areia não formam um monte, tampouco o seriam (n+1) grãos.
[4] Se n grãos de areia são um monte, também o seriam (n−1) grãos.
Daí, usando artifícios matemáticos, as proposições vão se contrapondo, mas sem se anularem totalmente.
Enfim, é chamado de “paradoxo” (declaração aparentemente verdadeira que leva a uma contradição lógica, ou a uma situação que contradiz a intuição comum).
Agora, analisando um caso que não pode ser dado como paradoxo, tal como vimos, é o caso da “novidade de vida em Cristo”.
Não tem como sustentar uma vida cristã onde a carnalidade e o mundanismo imperem.
São condições de existência que não permitem existência simultânea.
Ou adotamos uma posturar de novos nascidos, ou então não viveremos a dimensão do novo nascimento.
Ser cristão implica numa troca de natureza, pensamento e proceder. Isso é bem mais simples que a explicação do paradoxo de sorites.
Bom dia.
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