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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

História do Cristianismo

Por que é que Deus permite a perseguição

Mas Deus permite, algumas vezes, que a malvadez do homem o leve muito longe em perseguir os cristãos, a fim de manifestar o que está no seu coração; e por isso, não é de se estranhar que na alma do cristão que não tem apreciado esta verdade se levantem dúvidas e dificuldades, e que a mão do opressor ser pesada sobre ele.

O Senhor, porém, não nos deixa na terra para estarmos a queixar-nos das dificuldades, nem para recuarmos diante da ira dos homens, temos que servir um Mestre e resistir a um inimigo; porém, é somente quando estamos fortalecidos no Senhor e na força do seu poder, que podemos prestar esse serviço ou resistir efetivamente a esse inimigo.

A presente história pretende indicar quão dignamente se fez isto nos tempos passados; porém, se quisermos compreender como Deus trata o seu povo, sempre nos devemos lembrar que a milícia cristã difere de qualquer outra, e que uma parte da sua resistência é o sofrer.

As armas da nossa milícia não são carnais, mas sim espirituais, e o cristão se serve de armas carnais mostra sem dúvida que não aprecia o caráter do verdadeiro cristão.

Não pode ter apreciado com inteligência espiritual o caminho do seu Senhor, ou compreendido o sentido das suas palavras: "O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mudo pelejariam os meus servos".

A Igreja militante é uma Igreja que sofre, e logo que emprega armas carnais, deixa, na verdade, de militar cristãmente.

Em Estevão, ousado e santo, temos um exemplo do verdadeiro crente militante.

Foi ele o primeiro mártir cristão, e quão grande foi a vitória que ganhou para a causa de cristo quando morreu pedindo ao Senhor pelos seus perseguidores!

Davi, séculos antes da era cristã, disse: "O justo se alegrará quando vir a vingança; lavará os seus pés no sangue dos ímpios", porém Estevão, que viveu na época cristã, orou: "Senhor, não lhes impute este pecado".

Isto foi um exemplo da verdadeira milícia cristã.

Continua.

KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.

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