"Então dele foi enviada aquela parte da mão, que escreveu este escrito. Este, pois, é o escrito que se escreveu: MENE, MENE, TEQUEL, UFARSIM. Esta é a interpretação daquilo: MENE: Contou Deus o teu reino, e o acabou. TEQUEL: Pesado foste na balança, e foste achado em falta. PERES: Dividido foi o teu reino, e dado aos medos e aos persas. Então mandou Belsazar que vestissem a Daniel de púrpura, e que lhe pusessem uma cadeia de ouro ao pescoço, e proclamassem a respeito dele que havia de ser o terceiro no governo do seu reino. Naquela noite foi morto Belsazar, rei dos caldeus."
Daniel 5.24-30
"Por que quando Daniel interpretou as palavras misteriosas escritas pelo dedo de Deus, omitiu a expressão 'ufarsim' colocando em seu lugar a palavra 'peres'?"
Estas duas palavras são de origem aramaica e, sendo esta língua de fácil assimilação na Babilônia, podemos supor que a perplexidade do rei Belsazar e dos sábios foi devido, em parte, a alguma coisa desconhecida nos caracteres e também pela concisão inexplicável da mensagem.
O caro leitor tem de convir em que, quando Daniel foi inquirido a dar uma resposta ao enigma exposto na parede do palácio real, não houve nenhuma tentativa da sua parte em traduzi-lo, mas simplesmente interpretá-lo, sendo conivente com a revelação que Deus lhe dera.
Destarte, embora Daniel tenha trocado a palavra "Ufarsim" pela expressão “peres” quando interpretava a escritura misteriosa, não alterou de forma alguma a mensagem que Deus lhe entregara.
Então podemos concluir que, o profeta usou a palavra “peres”, que é o singular de “ufarsim”, visto que, essa expressão sugere mais prontamente, por um terrível jogo de palavras, tratar-se dos persas que já estavam às portas da cidade para suceder ao império babilônico.
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