Criação - Gn 1.1-2.5
Os Tabletes da Criação (Enuma elish) registram uma versão politeísta deturpada da criação em escrita cuneiforme sobre sete tabletes de argila.
Foram encontrados na antiga Nínive, 1848-1876 d. C., na biblioteca de Assurbanipal (669-626 a.C.), rei assírio, mas foram compostos antes, no reino de Hamurábi (1728-1686 a.C.).
Glossário
Enuma elish - O Enûma Eliš é o mito de criação babilônico. Foi descoberto por Austen Henry Layard em 1849 (em forma fragmentada) nas ruínas da Biblioteca de Assurbanípal em Nínive (Mossul, Iraque), e publicado por George Smithem 1876. O Enûma Eliš tem cerca de mil linhas escritas em babilônico antigo sobre sete tábuas de argila, cada uma com cerca de 115 a 170 linhas de texto. A maior parte do Tablete V nunca foi recuperado, mas com exceção desta lacuna o texto está quase completo. Uma cópia duplicada do Tablete V foi encontrada em Sultantepe, antiga Huzirina, localizada perto da moderna cidade de Şanlıurfa na Turquia. Este épico é uma das fontes mais importantes para a compreensão da cosmovisão babilônica, centrada na supremacia de Marduque e da criação da humanidade para o serviço dos deuses. Seu principal propósito original, no entanto, não é uma exposição de teologia ou teogonia, mas a elevação de Marduque, o deus chefe da Babilônia, acima de outros deuses da Mesopotâmia. Dadas as suas enormes semelhanças com a narração bíblica do Gênesis, várias discussões têm surgido sobre qual das histórias é a original e qual é uma adaptação à religião em causa. Para a cultura babilônica, o Enuma Elish explica a origem do poder real, a sua natureza, a permanência da instituição e a sua legitimidade. A realeza humana e terrena tem a sua origem na realeza divina. A divindade continuará a ser o verdadeiro rei e também o modelo a imitar pelo rei terreno. A existência de um modelo divino impõe limites à realeza humana.
Escrita Cuneiforme - escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios, sendo a designação geral dada a certos tipos de escrita feitas com auxílio de objetos em formato de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta de 3 500 a.C. Inicialmente a escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas por praticidade as formas foram se tornando mais simples e abstratas.
Nínive - (em acadiano: Ninua; neo-aramaico assírio: ܢܝܢܘܐ; em hebraico: נינוה, Nīnewē; em grego: Νινευη; em latim: Nineve; árabe: نينوى, Naīnuwa), uma "cidade excessivamente grande", como é chamada no Livro de Jonas, jazia na margem oriental do rio Tigre, na antiga Assíria, através do rio da importante cidade moderna de Moçul, no estado de Ninawa do Iraque.
Assurbanípal - (ca. 690 a.C. — 627 a.C.) foi o último grande rei da Assíria. No seu reinado (por volta de 668 - 627 a.C.), o império assírio incluía a Babilônia e temporariamente também o Egito.
Hamurabi, Hamurábi, Hammurabi - (também são usadas as transcrições Hammu-rapi ou Khammurabi) (foi destronado 1810 a.C. — 1750 a.C.), foi um rei babilônico do século XVIII a,C, a.C.. Conseguiu, durante o seu reinado, conquistar a Suméria e a Acádia, tornando-se o primeiro rei do Império Paleobabilônico. Hamurabi reinou de 1792 a.C. até sua morte, em 1750 a.C., tendo ampliado a hegemonia da Babilônia por quase toda a Mesopotâmia, iniciando pela dominação do sul, tomando Ur e Isin do rei de Larsa. Em 1762 a.C. conquistou Larsa, em 1758 a.C. tomou Mari, em 1755 a.C. Echununa e provavelmente em 1 754 a.C. conquistou Assur.
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