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terça-feira, 2 de outubro de 2012


RECUPERAR O AMOR DO PRINCÍPIO
 
            As sete parábolas de Mateus 13 possuem estreita relação com as sete igrejas na Ásia descritas em Apocalipse 2 e 3. Esses capítulos apresentam a condição da igreja, desde o primeiro século até a vinda do Senhor. Apocalipse 1:19-20 diz: “Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer depois destas. Quanto ao mistério das sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas”. O Senhor revelou a João a condição das sete igrejas para nos mostrar em que condição nos encaixamos.
            A primeira igreja mencionada é a igreja em Éfeso: “Ao anjo da igreja em Éfeso escreve: Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeeiros de outro: Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e não deixaste esmorecer” (2:1-3). A igreja em Éfeso começou bem, mas depois se degradou.
            O Senhor é Aquele que conhece as nossas obras e, portanto, sabia qual era a condição da igreja em Éfeso. Então, no versículo 4, diz: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor”. Aparentemente os irmãos ali estavam muito bem, mas eles abandonaram o mais importante: o amor do princípio. Em outras palavras, perderam o amor de Deus. Só se preocuparam e fazer obras, mas lhes faltava o amor do principio, que provém da vida divina.
            Algumas igrejas realizam a obra com muito primor, parece que está tudo bem, mas lhes falta negar a vida da alma (nosso “eu”). Fazem tudo certo, porém falta-lhes a verdadeira motivação, o amor que vem de Deus. Em outras palavras, falta a vida de Deus. Mesmo ganhando o mundo inteiro, podemos perder nossa alma caso não neguemos a nós mesmos (Mt 16:25-26).
            Apocalipse 2:7b diz: “Ao vencedor dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraíso de Deus”. Isso mostra que a ênfase de Deus está na vida divina. Eles precisavam comer da árvore da vida. A igreja em Éfeso estava numa condição muito ruim, especialmente no período em que Paulo ainda estava vivo. Paulo queria levá-los ao espírito, mas eles não obedeciam às suas palavras, pois permaneciam nos arrazoamentos de sua alma (1 Tm 1:4).
            Precisamos nos arrepender. Não apenas mudar a mente; colocando-a no Espírito (Rm 8:6). Muito mais do que isso, devemos negar a vida da alma para que haja crescimento de vida. O que faltava na igreja em Éfeso era o amor do princípio, ou seja, fazer as coisas tendo como fonte a vida de Deus, que é amor. Mas, graças ao Senhor, no meio deles surgiu um grupo de vencedores, os quais se alimentavam da árvore da vida e supriam outros de vida.
            Sem negar a vida da alma não há crescimento da vida de Deus. Sem o crescimento da vida divina, não há manifestação do amor. Sem isso não há como entrar no reino dos céus. Jesus é o Senhor!

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