A transferência do manto de Elias (o profeta mais velho) para Eliseu (sem sucessor) é uma boa descrição de como é o relacionamento entre o mestre e seu discípulo. Nas Escrituras, aqueles que têm sabedoria compartilham-na continuamente com aprendizes, junto com suas próprias experiências. Noemi ensinou sua nora viúva sobre os aspectos complexos da lei judaica, de modo que Rute pôde casar novamente e tornar-se parte da linhagem do Messias (Rt 3-4). Mordecai usou sua perspicácia para guiar Ester em meio às traições da corte persa para salvar a vida do povo escolhido de Deus (Et 2-7).
Isabel, prima mais velha de Maria, tendo engravidado miraculosamente, pôde ser conselheira da mãe de Jesus durante o primeiro trimestre de sua gravidez (Lc 1.39-56). O apóstolo Paulo dá conselhos sábios para Timóteo e Tito crescerem em seu ministério; e, nos Evangelhos, Jesus mostra o caminho para os Doze, a primeira geração de discípulos do maior de todos os mestres.
A mulheres da igreja recebem uma admoestação especial sobre seu papel de conselheiras. As mais velhas são desafiadas a ter como aprendizes as mais jovens ou menos experientes (Tt 2.1-5). Esse processo de educação individual pode ser chamado de "maternidade espiritual". Paulo descreve as qualificações para essas conselheiras (v. 3) e apresenta aquilo que devem ensinar (vs. 4-5). Trata-se um ministério positivo e importante para as mulheres na Igreja.
Fonte: "A Bíblia da Mulher" - editora MC e SBB, pág. 485;
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