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quinta-feira, 27 de maio de 2010

CONHECENDO E ENTENDENDO A BÍBLIA

O CASAMENTO NO ANTIGO TESTAMENTO

É importante para o estudante da Bíblia conhecer alguns costumes do povo bíblico conhecer melhor o plano de Deus exarado nas Escrituras Sagradas.

No Evangelho de Mateus 25.1, Jesus disse: "Então o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo". Significa dizer que Jesus declarou que o reino dos céus será semelhante à um casamento, pois o que está contido no referido verso fazia parte do costume antigo do casamento.

No costume antigo do casamento, a Bíblia revela que a escolha da noiva era feita pelo pai do noivo. (Leia os textos a seguir: Gn 21.21; 24.38,46). Às vezes o filho escolhia, mas o pai dirigia as negociações (veja Gn 34.48; Jz 14.2). Somente em circunstâncias extraordinárias o jovem dirigia as negociações, como aconteceu com Jacó, que estava distante do pai (Gn 29.18). Havendo consentimento dos pais, o pai da moça declarava o valor do dote que teria que ser pago. Uma vez aceito pelo noivo, partia-se então para o contrato de casamento (Leia Gn 29.18; 34.11,12). A Bíblia apresenta Jesus como noivo e a Igreja com a noiva do Cordeiro. Neste caso, Jesus deixou a casa do pai e veio por amor nos resgatar, pagando o devido preço (Examine 1Co 6.20; 7.23; 1Pe
1.18,19; Ef 5.23-32). Segundo a tradição, no dia do contrato do casamento, os noivos tomavam um cálice de vinho, tipo da Santa Ceia que Jesus instituiu. Quando assentado à mesa com seus discípulos, tomou o cálice, dizendo: "Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue, que é derramado por vós" (Lc 22.20; 1Co 11.25).

Após o contrato, os noivos ficavam nas condições de desposados (Dt 20.7; Mt 1.18). O noivo se despedia para voltar depois de um determinado período, aí então receber a noiva por sua esposa. Assim Jesus, após ter pago o preço na cruz do calvário, se despediu, fazendo a promessa de voltar e nos receber (leia Jo 14.1-3; Lc 24.29).


No período de desposados, as comunicações eram feitas pelo chamado "Amigo do noivo" (Jo
3.29). Jesus constituiu o Espírito Santo como amigo do noivo, que somente no livro de Apocalipse, pelo menos sete vezes está registrado "Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz as igrejas" (Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22). O Espírito Santo, portanto, é quem traz a mensagem do noivo para a noiva e também leva a mensagem da noiva para o noivo.

Enquanto os noivos estavam na condição de desposados, a lei exigia fidelidade (Dt 22.20,21,23,24). Da mesma forma o Senhor espera que sejamos fiéis e recomenda-nos: "Não ameis o mundo" (1Jo 2.15; Tg 4.4), e reclama quando o amor por ele esfria (veja Ap 2.4). A Bíblia diz que ele requer que cada um se ache fiel (1Co 4.2), porém se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo (2Tm 2.13). Ao aproximar o casamento, a noiva se preparava, se purificando. Vestia-se de branco e ornava-se (Is 61.10). Da mesma forma, a Bíblia registra que "Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por ela, para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, para a apresentar a si mesmo Igreja gloriosa, se mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível" (Ef 5.25,26,27). Quando o servo de Abraão encontrou com Rebeca, a noiva de Isaque, ele a adornou (Leia Gn 24.22). Tipo do Espírito Santo, que está adornando a Igreja com os seus dons para o encontro com seu noivo Jesus (1Co 12; Ap 21.2).


"Regozigemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória, porque vindas são as Bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou, e foi lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos" (Ap 19.7,8).


A festa do casamento era feita na casa do pai do noivo (Jz 14.10). Da mesma forma, o servo de Abraão levou Rebeca para a casa de Abraão (Gn 24.61). Por isso Jesus disse: "Na casa do meu Pai há muitas moradas" (Jo 14.2). Quando o cortejo nupcial chegava à casa do pai do noivo, havia um salão de festas preparado. Junto ao salão, um quarto nupcial, chamado na Bíblia "recâmara" ou "tálamo" (Jl 2.16; Sl 19.5), para onde os noivos se recolhiam. A festa durava sete dias (Jz 14.12), tipificando as Bodas do Cordeiro, que segundo as profecias Bíblicas das Setenta Semanas de Daniel, capítulo 9, será de sete anos.

A Noiva era apresentada aos convidados somente no sétimo dia, porque no encontro a noiva cobria-se com um véu. Exatamente por isso Jacó fora enganado por Labão (Gn 29.21-27). Por isso, o arrebatamento será invisível e somente na 2ª fase da vinda de Jesus será visível. A Bíblia diz: "Eis que vem com as nuvens e todo olho o verá" (Ap 1.7; Jd 14). A lua-de-mel durava um ano (Dt 24.5) tipificando o reino milenar de Cristo, que será mil anos de paz, quando reinaremos com Cristo (Ap 20.26). Aleluia!


Pb. Donizeti (Um servo do Senhor Jesus a serviço do reino de Deus)

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