Fiódor Dostoiévski
Mundo como um todo os conceitos de certo e errado são baseados em uma premissa moral e de conduta comum entre os seres.
O padrão de “certo e errado”, “bem e mal” são oriundos do conceito de que existe um “céu” e um “inferno”, um agente superior com jurisprudência e poder para aferir as causas e julga-las. Com isso, tal agente decreta um veredito e o mesmo é cumprido colocando o réu pelo padrão a uma existência eterna com as regalias do paraíso ou as agruras do inferno.
Agora pense comigo na frase de Dostoiévski, o termo imortalidade tem a ver com algo que passou a existir e depois não teve mais um fim. Na ótica humana do ponto de vista biológico o ser humano não é imortal, pois a própria condição humana decaí dia após dia até findar-se.
Se fosse uma existência sem um Deus, sem “certo e errado” tudo bem faria até algum sentido. Até o termo “permissão” tem a ver com um limite de “correto e incorreto”. Liberdade para fazer algo com um consentimento legal.
Contudo, o contexto da imortalidade para o homem está relacionado principalmente com a alma e o espírito e não ao corpo corruptível. Ainda que se observarmos na revelação paulina em 1 Co 15.50-54, a respeito do arrebatamento mostra que até o corpo falível e destruível será transformado em um corpo tal qual o de Jesus, sem mácula.
O fato de não ser considerado pelo ateísmo, Deus e seus conceitos de moral e ética são a base de todos as sociedades, mas as que são totalmente contra Sua figura divina.
As sociedades só se mantem me pé pelos conceitos criados por Deus, a base das leis constitucionais dos países como um todo são da Lei entregue no deserto por Deus a Moisés (Êx 20). O governo, mesmo o monárquico tem como primícias as relações entre seres humanos.
Nossa visão ocidental e evangélica de “certo e errado” é baseada na Bíblia, nos orientais e suas religiões e seus livros e escritos sagrados e todos delimitam o “certo e o errado”, isso os condicionando ou não a receber os prêmios da existência “pós-carne” ou “vida após a morte”.
Se eu levar uma “vida de ateu”, por este conceito de “não existir deus ou deuses algum” posso roubar, posso matar, pois não há condenação onde não há “certo ou errado”.
É uma lógica fatalista e egoísta, pois tal ação despreza a existência do outro invalidando a lei que fundamentada na Lei de Deus protege cada ser.
É também um juízo de Deus conforme Romanos 1.24 – “Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si” – grifo nosso. Deus permite tal oposição, pois ela será um juízo tão doloroso, pois o homem que satisfaz a si próprio tem sua recompensa nesta terra. Ao passo que satisfaz a vontade de Deus tem sua recompensa dada por Deus lá nos céus.
O historiador Stewart C. Easton resume bem essa questão, quando escreve: “Não há nenhuma razão objetiva para que o homem tenha moral, a menos que a moralidade traga alguma recompensa para sua vida em sociedade ou faça sentir-se bem. Não há nenhuma razão objetiva para que o homem faça qualquer coisa, a menos que isso lhe traga algum prazer.”
Sem Deus não temos limites, sem limites não temos motivo para crer ou temer algo superior.
O Cristianismo mostra que crer é ter limites, e limites que conduzem a um lugar melhor do este que vivemos, o céu.
E você, o que acha?
Fiódor Mikhailovitch Dostoiévski - (11/11/1821 á 09/02/1881) – ocasionalmente grafado como Dostoievsky – foi um escritor e filósofo russo, considerado um dos maiores romancistas da história e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos. É tido como o fundador do existencialismo, mais frequentemente por Notas do Subterrâneo, descrito por Walter Kaufmann como a "melhor proposta para existencialismo já escrita". A obra dostoievskiana explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio: seus escritos são chamados por isso de "romances de ideias", pela retratação filosófica e atemporal dessas situações. O modernismo literário e várias escolas da teologia e psicologia foram influenciados por suas ideias. A obra de Dostoiévski exerce uma grande influência no romance moderno, legando a ele um estilo caótico, desordenado e que apresenta uma realidade alucinada.
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