Infelizmente, para uma questão tão importante quanto a história da Igreja, é inevitável não citar algumas das várias heresias e dissensões que tem entristecido e dividido a Igreja de Deus desde o seu princípio.
O gnosticismo era uma desses males, o foi a primeira heresia que, depois dos tempos apostólicos, se desenvolveu mais geralmente.
Era uma série de erros que tinham a sua origem na cabala dos judeus, que era uma ciência misteriosa dos rabinos, na filosofia de Platão e no misticismo dos orientais.
Um judeu chamado Cerinto, mestre de filosofia na Alexandria (Egito), introduziu parte do Evangelho nesta massa heterogenia da ciência (falsamente assim chamada) e sob esta nova forma foram enganados muitos dos verdadeiros, dando-se lugar a muita amargura e dissensão.
NOTA
O gnosticismo, assim como próprio judaísmo cristão pós-pentecostes, entre outras, heresias criaram uma grande desavença no seio da Igreja ainda no primeiro século. Veja que, já duas a três décadas depois ascensão de Cristo e o estabelecimento da Igreja, já haviam várias heresias misturando elementos do Evangelho com todo o tipo de filosofia ou desejo humano. Valiam-se de tudo, inclusive, colocar a salvação em Cristo como sendo válida se ajuntada com elementos da Lei Mosaica ou de práticas oriundas de outras religiões, como determinados ritos, cânticos e ofertas. A Igreja até hoje sofre com homens que intentam ideologias, pensamentos e desejos em pé de igualdade com as Escrituras e com o próprio Cristo.
Continua.
KNIGHT, A. E.; ANGLIN, W.. História do Cristianismo. 3. ed. Teresópolis: Casa Editora Evangélica, 1955. 404 p.
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