"Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão"
Lc 10.33
Talvez essa parábola de Jesus seja a que melhor reflita a insensibilidade espiritual dos dias até seu ministério.
Israel, a nação e em especial a sua capital Jerusalém estava em um momento negro onde a segregação era algo desejados pelos poderosos.
A classe sacerdotal e levítica expressa nessa parábola apontam para o teor do coração da classe religiosa que estava se apresentando diariamente na presença do Altíssimo.
Era algo tenso, mas tinha de ser exposto por alguém.
Como Jesus na tinha nenhum compromisso político ou partidário no judaísmo, seu compromisso era com Deus, assim não havia amarras que o coibissem de denunciar essa discrepância social-religiosa.
A parábola expressa que o mais julgado como impuro, como era o caso dos samaritanos pela história de sua formação mestiça ainda do tempo da queda por império estrangeiro, era o único que estava enxergando a humanidade do caído a beira do caminho.
Ele entendeu a situação da pessoal caída como se fosse ele próprio, como ele gostaria de ser tratado. A ilustração não é explícita a esse ponto de expressar o pensamento do samaritano, mas no contexto do que Jesus estava querendo ensinar era justamente o que era esperado que fosse entendido.
Nós como Igreja não podemos cometer o erro da insensibilidade espiritual que os judeus cometeram nos dias de Cristo.
A nós é muito claro que amar ao próximo não é só o fato da aceitação de Cristo e sua defesa disso, mas a consciência de que diante de Deus vejamos a humanidade dos outros, as necessidades de cada ser humano como sendo a nossa própria também.
Precisamos hoje entender que estar caído ao caminho não precisa ser desacordado por uma surra, mas por qualquer situação dessa vida que venha a nos fazer parar de seguir ou até o questionar da fé.
Que haja em nós o sentimento e o entendimento do samaritano da parábola de Jesus contada por Lucas.
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