"Que aproveita a imagem de escultura, depois que a esculpiu o seu artífice? Ela é imagem de fundição que ensina mentira, para que quem a formou confie na sua obra, fazendo ídolos mudos? Ai daquele que diz ao pau: Acorda! e à pedra muda: Desperta! Pode isso ensinar? Eis que está coberta de ouro e de prata, mas dentro dela não há espírito algum. Mas o Senhor está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra."
Hc 2.18-20
Existem variações de doenças oculares que quando manifestas causam perda de foco nas coisas próximas.
Não há como ler um texto a poucos centímetros do rosto.
Fazer uma refeição que é uma atividade simples, torna-se um desafio, transforma-se em uma barreira para o bom aproveitamento do momento.
Essa incapacidade visual nos impede de ver tudo o que está diante de nossos olhos e as nossas mãos.
Habacuque denuncia não apenas a fabricação de imagens, sua posição em casas ou em locais de adoração, mas ele denuncia aquilo que é por si a definição de um ídolo, ou seja, o lugar que ele ocupa em nossas vidas.
Deus nunca foi a favor de imagens suas, tanto que Ele nunca pediu, pois, não há capacidade no homem para se quer esboçar o Senhor em sua grandeza.
Todo o que usa imagens dá a elas um poder que elas não têm.
Afinal, se eu preciso personificar a minha fé em algo, já não é mais fé.
Fé é crer sem ver, esperar sem ao menos ver sinal algum.
Se personificamos nossas expectativas em algo visível e palpável, como fica a verdadeira fé que se move no campo do imaterial e invisível?
Como defenderemos uma fé forte sendo ela baseada em algo que pode ser facilmente roubado ou corrompido pelo material?
Esse paradoxo é o que acontece com os que esperam no inanimado pedaço de qualquer coisa.
Trocar o Senhor por tais coisas e a elas clamar é dizer que Deus não existe, assim como tudo o que Ele faz.
Bom dia.
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