"E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé."
2 Tm 3.8
Janes e Jambres são homens que não foram citados nos textos canônicos do AT.
Entretanto, segundo a tradição judaica, especialmente o Targum de Jônatas, que interpreta Êx 7.11, eram feiticeiros (magos) da corte egípcia que se opuseram a Moisés.
Êx 7.11 - "E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos."
Veja que a oposição ao poder de Deus sempre acontecerá, mesmo que o poder serja demonstrado de forma notória.
Paulo cita Moisés e seu episódio no Egito diante do faraó e sua côrte.
Ali, Deus manifestou seu poder em realizar os prodígios por intermédio de Arão e Moisés. Os presentes viram os sinais que Deus mandou que fossem feitos diante do faraó para reconhecimento do poder de quem estava ordenando sobre os israelitas.
Janes e Jambres resistiram, resistiram ao poder de Deus manifesto ali.
Creio que Paulo para citar essa fonte tinha plena convicção de sua origem, ele era "doutor da lei" antes de se converter, sendo assim, achou viável citar isso a Timóteo para incentivá-lo em sua jornada de liderança em meio ao povo de Deus e o mundo.
Timóteo precisava ser lembrando que resistiram a ele, mas por causa do poder de Deus em sua vida e palavra.
Como Timóteo precisamos ser lembrados que o mundo se opões a nós por conta de Jesus em nossas vidas. Não será leal, não será justa a oposição, mas ela haverá.
Glossário
Targum - A palavra aramaica para “interpretação” ou “paráfrase” é targum. É o nome dado às traduções, paráfrases e comentários em aramaico da Bíblia hebraica (Tanakh) escritas e compiladas em Israel e Babilônia, da época do Segundo Templo até o início da Idade Média, utilizadas para facilitar o entendimento aos judeus que não falavam o hebraico como língua mãe, e sim o aramaico. Os dois targumim mais conhecidos são o Targum Onkelos sobre a Torá e o Targum Jonatã ben Uziel sobre os Nevi'im (profetas).
Targum Jonatã - A tradição talmúdica atribui sua autoria à Jonatã ben Uzziel, um discípulo de Hillel. Sua construção gramatical é idêntica ao do Targum Onquelo, embora. sua tradução seja feita de forma parafraseada. A tradução do Hebraico para o Aramaico de Jonatã, contem os livros dos Profetas (Josué, Juízes, 1-2 Samuel e 1-2 Reis) e dos últimos Profetas (Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas Menores). Nos tempos talmúdicos, até hoje nas comunidades judaicas do Iêmen, o Targum Jonatã é lido como uma tradução verso-a-verso alternativamente com os versos hebraicos do haftorá na sinagoga. Desta forma, quando o Talmude afirma que "uma pessoa deve completar suas porções das escrituras junto com a comunidade, lendo as escrituras duas vezes e o targum uma vez," a passagem pode ser utilizada para se referir ao Targum Jonatã, bem como ao Targum Onquelo sobre a Torá.
Fontes
Bíblia, A. (2 Tm 3.8). (Vol. Novo Testamento King James Edição de Estudo). São Caetano do Sul, São Paulo: Abba Press.
TARGUM. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2V28hrW>. Acesso em: 16 abr. 2019.
TARGUM JONATÃ. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2018. Disponível em: <https://bit.ly/2DkkpKO>. Acesso em: 16 abr. 2019.
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