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quinta-feira, 18 de abril de 2019

A páscoa de Simão Pedro

"Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis;
buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado;
já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar
onde o puseram." - Mc 16.6
"E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes. E, saindo Pedro para fora, chorou amargamente."
Lc 22.61,62

Não deve ser sido fácil a páscoa para o apóstolo Pedro na terceira década da era cristã.

Eles, Jesus e os doze, haviam comido e bebido na noite em que o Messias foi traído. A alegria proveniente da lembrança do grande feito que Deus realizara ainda no Egito libertando o povo para sempre da escravidão dos egípcios. Era uma noite de festa que se converteu em tristeza e dor sem par.

Jesus fora levado preso após o ósculo proditório de Judas Iscariotes. O mundo dos fiéis apóstolos caia diante de seus olhos e especialmente diante de Simão Pedro.

Um tempo antes, em uma conversa com Jesus, Simão foi avisado que ele vacilaria na fé a respeito de Jesus. Simão contesta, refuta, se acende dizendo que jamais abandonaria o lado de Jesus independente do que fosse feito, só que ele se esqueceu Jesus também é Deus e sabe de todas as coisas.

Simão tentou impedir a prisão de Jesus, empunhou e desferiu golpes com sua espada contra os homens do sacerdote, esbravejou contra eles, mas foi acalmado por Cristo ao revelar que Ele ia preso por ser seu destino.

No decorrer da noite e entre os julgamentos Simão vai ao longe acompanhando seu Mestre por onde Ele fosse, até encontrar sua principal oposição - a verdade.

Foi o primeiro, o segundo e no terceiro sua negativa a respeito de Cristo foi tão contundente que o cantar do galo foi a dolorosa confirmação do que seu Mestre havia predito para ele.

Ele se afastou, foi chorar amargamente a traição que ele cometerá contra Jesus. Se afastou de tudo, foi pescar, foi sofrer seu pecado contra seu Senhor.

Foi sem dúvida a mais triste de todas as celebrações da páscoa que ele passou por toda a sua vida nessa terra.

Só que ele também precisava que sua fé fosse trabalhada, pois havia também esquecido que Jesus disse que ressuscitaria do túmulo ao terceiro dia.

Agora, o contraponto da esperança humana com a promessa divina. Em meio a todo o sofrimento e vergonha de seu erro, Pedro encontra novamente seu Mestre vivo!

Toda a tristeza e vergonha nunca antes vista se encontra com a promessa e o perdão divino, a pior páscoa de sua vida tornou-se a melhor de todas, Jesus está vivo.

Será que não estamos nos vangloriando tanto em nossa religiosidade a ponto de acharmos que não negaremos a Jesus em hipótese alguma?

Pedro só foi completamente restaurado de sua fraqueza em fé quando o Espirito Santo o revestiu com os demais no Pentecoste.

Não fique em sua vergonha, Jesus está vivo!

Busque seu Espírito para que possamos ser totalmente curados de nossas fraquezas e medos.

Se prepare para a Páscoa com Cristo, pois como Paulo disse "Cristo é a nossa Páscoa" (1 Co 5.7).

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