Quem queremos enxergar nos espelho? |
Quando criamos em nós a "visão que os outros tem de nós", tentamos viver a existência nossa a luz disso.
Tal "existência" não leva em consideração o que o "eu" gosta, sente e deseja.
É como estar preso a uma realidade onde temos a vital necessidade de agradar outros e, se der, sentirmos alguma coisa.
Na atual geração a imagem é tudo, tênis de marca, grifes famosas no vestuário - mesmo falsas o importante é ostentar, ser o que outros querem que sejamos.
A necessidade interior do eu ser aceito, faz com que ele, até forçadamente, aceite sem gostar de algumas atitudes do coletivo. Assim, perdendo sua própria identidade para o todo em que está incluso.
O Cristianismo como religião em seu sentido original da palavra deve proporcionar ao que o segue é uma ligação com Jesus, tem de ser um "meio" de chegar-se ao "fim", que é Cristo.
Se levado ao fanatismo religioso, i.e. o que acontece quando o "meio" passa ser o "fim", há também a perca de sua identidade e isso é contrário aos ensinamentos de Cristo.
Continuamos sendo nós mesmos em Cristo, mas sendo nós guiados agora pelo Espírito Santo.
Talvez alguém diga "mas você não faz mais o que quer só o que lhe mandam?"; sim só que não.
Sim, sigo o que Cristo deixou a nós nos Evangelhos.
Não, por exemplo tento a todo custo não deixar minha carne e suas concupiscências dominar meu ser. As ouço gritar, mas não as atendo.
Quem verdadeiramente somos só sabemos ao estarmos a sós, literalmente, quando não houverem olhares para serem impressionados ou agradados, quando eu faço o que faço.
O caráter de uma sociedade contribui para o individual? Sim.
O caráter individual é mais importante do que o da sociedade? Sim.
Pois o caráter de uma sociedade é composto do caráter dos que nela estão inseridos.
Reclamos da corrupção tupiniquim, mas no todo a lei da vantagem ainda "rola solta".
Se puderem terão e aproveitarão da situação, não todos, mas a maior parte da massa que compõem o caráter coletivo da sociedade.
Eu devo buscar ter o meu caráter íntegro, honesto e buscar viver por esse. Como cristão, tais fatores continuam valendo, mas o impulso da carne só é refreado com a ação do Espírito Santo.
É ele, o Espírito, quem faz a obra duradoura e santificadora no eu, no caráter e na vida.
A loucura do Evangelho é nítida quando contrariando a moral do mundo obedecemos a Jesus.
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