Chamado de Mateus, que representa Jesus chamando
o publicano Mateus Levi para ser um de seus apóstolos.
1623. Por Hendrick ter Brugghen, atualmente no
Central Museum, em Utrecht, na Holanda.
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"Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Lebeu, apelidado Tadeu;"
Mateus 10.3
"E eis que havia ali um homem chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico."
Lucas 19.2
Publicano é o nome dado aos coletores de impostos nas províncias do Império Romano (27 a.C. – 476 d.C.).
O Império Romano além de conquistar territórios, ele os controlava com governantes escolhidos seus. No caso da Palestina Romana existiam os Tetrarcas, eles eram governadores de uma quarta parte da região.
Acha-se aplicado o termo a Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, a Herodes Filipe, tetrarca da Ituréia e Traconites, e a Lisânias, tetrarca da Abilene (Lc 3.1). Parece que os romanos usavam esse título, nos tempos do N.T., para designar príncipes tributários, que não tinham suficiente importância para serem chamados reis. Com esse poder eles escolhiam que lhes seria por cobrador, i.e. publicano.
Buckland(1) afirma que havia duas espécies de publicanos:
- Os publicanos gerais, que eram responsáveis pela renda do império perante o imperador romano;
- Os publicanos delegados por estes em cada província.
Os que eram considerados pelas "suas rapinas e extorsões, como ladrões e gatunos" seriam as classes inferiores dos publicanos, sendo que, para tal, os publicanos gerais nomeavam nas províncias entre os próprios da nação a ser tributada. Destarte, eram odiados entre os judeus, um judeu que cobrava impostos para nação dominadora. Muitas vezes fraudavam seus próprios irmãos (Lc 19.2,8).
Ainda segundo Buckland, uma virtude sobre eles residia, não eram hipócritas, como alguns fariseus que se denominavam vigilantes da Lei Mosaica e não admitiam que se comesse à mesa com um publicano.
Mateus provavelmente seria um publicano delegado, enquanto Zaqueu um publicano geral.
As referências bíblicas aos publicanos (exceto as referentes aos apóstolos) demonstram-os como serem inferiores ou portadores de uma doença incurável e transmissível ao toque, tal como a lepra. Jesus foi acusado ao se relacionar com eles por causa disso (Mc 2.16). Contudo Jesus veio para os salvar deste estigma comportamental e social (Mt 9.12).
Com isso o poder transformador de Cristo ao converterem-se ao Evangelho os transformava de tal maneira que já não mais roubavam ou fraudavam, adotando um comportamento justo e condizente com o Evangelho que agora seguiam.
Referências
1. Dicionário Bíblico Universal, Editora Vida, 1981
Fontes:
Wikipedia
Bíblia de Estudo King James - Novo Testamento
https://www.bibliaonline.com.br
http://www.biblia.com.br/
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