A história da nação israelita está ligada profundamente com o seu maior simbolo o "Templo do Senhor".
Lá figuravam os sacerdotes, os instrumentos sagrados e o local onde concentrava-se o foco de adoração israelita do Antigo Testamento ao SENHOR.
TEMPLOS EM JERUSALÉM
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Templo
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Época
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Informação
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1º Templo
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Templo
de Salomão
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c.957-587
a.C.
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Edifício de grande esplendor construído pelo
rei Salomão.
Símbolo da unidade nacional e religiosa do
povo, foi destruído pelos exércitos de Nabucodonosor em 587 a.C. Ver 1 Rs 6-8;
2 Cr 3.1—7.10; 2 Rs 25.1-21
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2º Templo
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Templo
de Zorobabel
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c.520-20
a.C.
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Reedificado por Zorobabel depois do retorno
dos judeus exilados na Babilônia. Ver Ed 5-6
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Segunda etapa do 2º Templo
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Templo
de Herodes
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20 a.C.-70
d.C.
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Herodes, o Grande, reconstruiu o templo de
Zorobabel.
Iniciou os trabalhos em 20 a.C. e finalizou as
obras em 63 d.C.
Era um dos edifícios mais importantes do mundo
antigo; foi totalmente destruído pelos exércitos romanos em 70 d.C. Ver Mt
21.12-17; 24.1-2
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Existiram três(3) templos de Jerusalém, todos edificados no mesmo local, no Monte Moriá, no setor oriental de Jerusalém, hoje ocupado em grande parte pela mesquita de Omar, segundo a tradição, seria o local onde Abrão foi sacrificar seu filho Isaque, como prova de submissão a Deus. Para entendermos o templo temos de entender primeiro o tabernáculo.
O TABERNÁCULO
Era um Templo portátil dos israelitas, construído no deserto para o período de vida nômade, e que ficou em uso até a construção do templo planejado por DAVI, e edificado por Salomão. A construção do Tabernáculo aos pés do Monte Sinai ocorreu no ano de 1490 a.C. um (1) ano após Moisés ter recebido os dez mandamentos.
A palavra Tabernáculo, que é de origem latina, significa propriamente tenda ou barraca. O Tabernáculo deveria ficar armado dentro de uma área retangular, de aproximadamente 25 m por 50 m conhecida como Pátio do tabernáculo. Na parte Oriental ficava o povo, no Centro estava o altar das oferendas e dos sacrifícios (Êx 27) e na parte Ocidental ficava a tenda do Tabernáculo (Êx 26).
O Tabernáculo propriamente dito se dividia em duas salas. A maior era um retângulo de aproximadamente 5m por 10m, ficando ao lado da entrada. A menor era um quadrado de aproximadamente 5m por 5m . Eram separados por uma finíssima cortina de linho, com anjos e querubins bordados em cores. Era chamada Mishkan, isto é; “habitação” em hebreu, e recomendava a ordem de Deus a Moisés, “façam um santuário onde EU possa habitar entre eles”, (eles me farão um santuário, e eu habitarei no meio deles, Êx 25).
O Mishkan dividia as duas seções. A primeira se chamava de lugar Santo ou Sanctum, e a segunda era o Santo dos Santos ou Sancta Sancorum.
O recinto maior Santo ou Sanctum, tinha a mesa para os pães da proposição ou presença de Deus, ficava ao norte e a direita de quem estivesse de frente e de costas para a entrada. Pães estes oferecidos a cada sábado a Deus, e que só os sacerdotes podiam comê-los. Era, doze e de forma achatada, constituíam a proposta que o povo fazia ao Senhor de em troca da oferta, obter as suas bênçãos. O candelabro de sete braços ficava ao sul, do lado oposto ao da mesa da proposição, portanto à esquerda de quem entrasse. E o altar do incenso (Êx 30) bem ao centro e próximo do Mishkan.
O recinto menor, Santo dos Santos ou Sancta Sanctorum, era considerado o lugar mais sagrado do mundo, porque era habitação terrena do próprio Deus. Nele estava colocada a arca da aliança (Êx 25.10; Hb 9.4). Somente o sumo sacerdote e apenas uma vez por ano, no dia da expiação, ou humilhação (Hb 9.6), que é 10 de outubro, entrava no Santo dos Santos a fim de fazer expiação pelos pecados do povo. Esta forma e disposição foram conservadas no templo de Jerusalém.
PRIMEIRO TEMPLO OU DE SALOMÃO
Quatrocentos e oitenta anos (480) depois que o povo de Israel havia saído do Egito, no quarto ano do reinado de Salomão em Israel, no mês de fevereiro, Salomão começou a construir o Templo (1 Rs 6). No décimo primeiro ano de seu reinado, no mês de agosto terminou completamente o Templo, levando por tanto sete anos (07) para construí-lo. Salomão também construiu o seu palácio e levou treze anos (13) para termina-lo. Salomão reinou em Israel por 40 anos, 07 anos da cidade de Hebrom e 33 de Jerusalém.
O primeiro Templo, construído por Salomão entre 967 e 964 a.C., serviu como centro de culto de Deus em Israel por quase 400 anos, até sua destruição em 586 a.C., por Nabucodonosor, na tomada de Jerusalém. A destruição do Templo se deu por que Salomão, desobedeceu ao Senhor, pois ele havia ordenado que os israelitas, não se casassem com mulheres estrangeiras, pois elas fariam com que seus corações se voltassem para outros deuses. Salomão além da filha do rei do Egito, casou-se com mulheres hetéias e com mulheres dos países de Moabe, Edom, Amom e Sidom, num total de 700 esposas e 300 concubinas. Construiu na montanha a leste de Jerusalém, lugares para adoração de Quemos deus de Moabe, Moloque deus de Amom (1 Rs 11.7). Também construiu lugares de adoração, onde suas esposas estrangeiras, queimavam incenso e ofereciam sacrifícios aos seus próprios deuses. O SENHOR, Deus de Israel, havia aparecido duas vezes para Salomão e ordenado que não odorasse deuses estrangeiros. Mas em consideração a Davi, o Senhor permitiu a destruição do Templo, somente a pós a morte de Salomão, no reinado de seu filho Roboão (1 Rs 11).
No dia 10 de outubro trincheiras foram cavadas em volta da cidade, que ficou sitiada por dois anos. No dia 9 de abril o rei Sedecias fugiu, mais foi perseguido e preso pelos Caldeus e conduzido ao rei da Babilônia em Rebla (Síria), onde foi julgado, e tendo seus olhos vazados, foi acorrentado e conduzido da Babilônia, antes porém assistiu a chacina de seus filhos.
Toda a população de Jerusalém, todos dignatários e homens abastados num total de 10.000 foram deportados para Babilônia, ainda os ferreiros e serralheiros de modo que, só ficasse a população pobre do país.
Nabucodonosor em 7 de maio ordenou que o comandante de sua guarda e oficial Nebuzaradã, ateasse fogo no Templo do Senhor, no palácio real e em todas as casas de Jerusalém, além de demolir as muralhas de Jerusalém em toda sua extensão (o Menorá iluminou este tempo por 400 anos).
SEGUNDO TEMPLO OU DE ZOROBABEL
Entre os 10.000 Israelitas levados cativos a Babilônia, estava o rei Jeconias. O filho de Jeconias, Zorobabel, após 70 anos de escravidão e da morte de Nabucodonosor, obteve de Ciro seu sucessor, a autorização de voltar a Jerusalém, em 536 a.C., e levantar as ruínas do Templo. Mais as obras só começaram por volta de 520 a.C.. Este atraso se deu devido ao fato que; os Israelitas eram constantemente hostilizados pelos samaritanos, seus vizinhos, que tinham construído um Templo, e dominados pela inveja, se opunham à reedificação do Templo de Jerusalém. A obra só continuou após, Zorobabel obter do rei Dário, sucessor de Ciro, a expedição de decreto no qual punia com a morte os vassalos, que perturbassem os obreiros nos trabalhos de reconstrução da cidade de Jerusalém e do Templo.
Esse segundo templo ou de Zorobabel, ao que parece foi construído no mesmo lugar que o Templo de Salomão, só que menos imponentes. Neste segundo templo, o “Santo dos Santos” foi deixado vazio, pois na destruição de Jerusalém em 586 a.C., a Arca da Aliança desapareceu. Diz a lenda que a ”Arca da Aliança” fora conduzida aos céus. No “Santo” a disposição interna era a mesma, com tudo só havia um candelabro (Menorá) e só uma mesa para os pães da proposição.
Este segundo Templo foi saqueado por Antíoco IV no ano de 168 a.C.. Três anos mais tarde, 165 a.C., Jerusalém e foi retomada por Judas Macabeu, que restaurou o Templo e restabeleceu o culto. Nesta época surge o candelabro de Nove (9) braços, destacando-se o nono, central, que sobressai dos restantes oito, que são colocados na mesma linha horizontal, é o Hanukah que significa restauração, comemorando a vitória dos Macabeus (o Menorá iluminou por 420 anos este segundo templo).
TERCEIRO TEMPLO OU DE HERODES
Um terceiro templo foi construído por Herodes Magno, que o fez com magnificência, para captar a simpatia dos judeus e para satisfazer as ambições de sua mania de construções grandiosas.
O Templo tinha as mesmas disposições do tabernáculo só que em escala maior, sendo as dimensões internas o dobro das do tabernáculo, ou seja 10 m por 30 m e se dividia como no tabernáculo em duas salas.
A mais retirada era o “Santo dos Santos – Sancta Sanctorum” um quadrado com aproximadamente 10 m por 10 m, nela ficava a Arca da Aliança. A outra sala era maior, aproximadamente 10 m por 20 m, e estava separada do “Santo dos Santos” por uma divisão de cedro, com uma porta de oliveira no centro, além do véu.
Nesta sala, chamada “Santo ou Sanctorum” estavam como no tabernáculo as mesmas peças, só que em maior escala. O altar do incenso feito de cedro revestido de ouro e dez (10) mesas invés de uma, cinco de cada lado; e 10 candelabros de ouro, em vês de um, também cinco de cada lado.
A restauração começou no ano de 20 a.C. . O santuário ficou pronto em apenas 18 meses, e sem dúvida os átrios só foram terminados no ano 64 d.C..
Este Templo foi destruído no ano 70 d.C., pelos Romanos.
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