Texto Referência: At 17.18 KJA
"Então, alguns filósofos epicureus e estóicos começaram a argumentar com ele (Paulo). 'O que deseja comunicar esse tagarela?'. Outros comentavam: 'Parece ser um anunciador de deuses estranhos', pois Paulo lhes pregava as Boas Novas de Jesus e a ressurreição."
Os Epicureus era filósofos e seguidores de Epicuro (341-270 a.C.) - imagem ao lado - , famoso pensador grego, criador da tese sobre a "ética do prazer". Um sistema de valores que, originalmente, indicavam para uma vida de paz e satisfação por meio da busca do bem e da extirpação de certos sentimentos, considerados menores e momentâneos: paixões, dores, invejas, iras, temores.
Na época de Paulo, entretanto, os ensinos do Epicuro haviam sido adulterados e seus adeptos pregavam que o "prazer", em todas as duas possibilidades, determinava o sentido da vida.
Os estóicos, por sua vez, eram discípulos de Zeno (340-265 a.C.), outro importante pensador grego, criador da filosofia da "vida natural", em que a vida deve conformar-se à lógica (razão - logos) da natureza. Eram, portanto, panteístas (doutrina segundo a qual Deus é a soma de tudo o que existe na natureza).
Ao se referirem a paulo como "tagarela", usaram uma expressão que no original grego se refere literalmente a atitude rápida e voraz com que "uma ave bica sementes". Era comum usar metáfora para comparar pessoas que apenas repetiam partes dos discursos filosóficos que normalmente ocorriam nas praças com a atitude do "papagaio", uma ave que apenas consegue repetir palavras sem refletir sobre seus significados.
Ao sugerirem que Paulo estava tentando apresentar novos "deuses", entenderam que "Jesus" e "Ressurreição" (em grego: anaistasis, palavra do gênero feminino) seriam um casal de "deuses".
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