Bate-Seba era a bela esposa de Urias, o heteu, um fiel leal comandante do exército do rei. Quando Bate-Seba soube que estava grávida, depois de seu encontro adúltero com o rei Davi, ela o avisou. Davi trouxe o marido dela da batalha, na esperança de que ele teria intimidade com Bate-Seba e, assim, se considerasse o pai da criança que ela esperava. Quando esse plano fracassou, Davi tomou providências pra que Urias fosse morto no campo de batalha e, então, enviou mensageiros para irem buscar Bate-Seba e levarem ao seu palácio. Apesar de, possivelmente, ter rejeitado as primeiras propostas do rei, a essa altura fica evidente que ela não teve escolha.
Será que ela percebeu que a morte de seu marido era resultado de uma ordem expressa do rei? O que passou por sua mente quando ouviu as palavras de julgamento profeta Natã contra o rei? Quando Davi foi consolá-la depois da morte de seu filho (2Sm 12.24), será que ela se esquivou dele, o homem que havia causado a morte de um marido leal, que confiava nela e que havia levado o julgamento sobre seu filho? Ela pranteou a morte de seu marido (2Sm 11.26) e seu coração quase se partiu ao segurar sei bebê, que estava à morte, vendo, sem nada poder fazer, a vida escapar do corpinho dele. Apesar de seu amor e mesmo depois de o rei jejuar e implorar a Deus pela vida de seu filho, o bebê morreu. Porém, no devido tempo, Bate-Seba teve outro filho, Salomão.
Como rainha, ela devia estar a par das minhas intrigas que ocorreram quando os filhos de Davi se levantaram contra ele e lutaram entre si para tomar o poder do rei. Quando Davi estava perto do final de sua vida, Bate-Seba ouviu boatos de que outro do filhos de Davi - Adonias - havia se proclamado rei. Politicamente astuta o suficiente para saber que a sucessão de seu próprio filho estava em perigo, ela deve ter se enchido de gratidão quando o profeta Natã apresentou um plano para assegurar que a promessa de Davi de que Salomão se sentaria em seu trono fosse cumprida.
Percebendo que precisaria agir com rapidez para estabelecer Salomão como sucessor do trono aos olhos do povo, Davi deu instruções para o sumo sacerdote ungir Salomão como rei. Salomão, então, serviu como co-regente até a morte de Davi. Na posição de rainha-mãe, Bate Seba desfrutou de mais repeito e exerceu autoridade sobre as mulheres da casa do rei.
Bate-Seba viveu por muitos anos. Vítima da lascívia de um rei, mãe em agonia, estrategista política e respeitada rainha-mãe, suas experiências abrangiam tanto o melhor como o pior, dos pontos mais altos aos mais baixos das emoções e circunstâncias humanas. Porém, talvez, afinal, o escândalo de seu adultério tenha sido superado por seu legado como a mãe do rei mais sábio de Israel.
Pb. Donizeti (Um servo do Senhor Jesus a serviço do reino de Deus)
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