“E o filho lhe disse: Pai, pequei contra o céu e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho.”
Lc 15.21
Jesus é cirúrgico ao apresentar essa história e esse personagem sem um nome.
É uma história que narra o que acontece quando alguém chega a beira do abismo e pondera pular.
Ao iniciar a narrativa, Jesus conta sobre o ponto seguro e o abandono dele.
O filho que sai e vai pegando distância, se esquecendo de quem é, de onde veio, se esquecendo do pai, certamente, da mãe, do irmão, da casa e tudo que o ligava a sua casa.
Ele ganha independência familiar, financeira e social.
Ele se sente livre, ele flerta com as ofertas da vida fácil.
Aceita os “subornos de alegria” que as vicissitudes do tipo de vida logo o cegaram, obscurecem seu entendimento. Isso era o que ele queria antes mesmo de sair, já estava lá em seu coração.
Será que ele já foi grato alguma vez pelo que tinha?
Pelo seu pai?
Provavelmente, não.
Ele, como muitos profetizadamente nessa passagem, não sabe o que possui até realmente perder.
Vão caminhando em direção ao abismo, cegos, surdos e loucos em euforia e êxtase.
Não há reflexão, só batimentos acelerados.
Então, o “efeito” acaba.
Festas já não saciam, dinheiro já não há ou não traz mais o mesmo resultado.
É o fim do desejo?
Para alguns, sim, para outros não.
A história do filho pródigo é uma história de “final feliz”.
O triste é que nem todos conseguem forças para voltar, se arrepender e humilhar-se.
Muitos se assentam na borda do abismo, balançam os pés e de jogam para o vazio e morte.
Ajude os que estiverem a beira do abismo enquanto a tempo.
Lembre-os que o Pai Celestial espera pelo retorno deles, um por um.
Bom dia.
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