"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma. Os alimentos são para o estômago e o estômago para os alimentos; Deus, porém, aniquilará tanto um como os outros. Mas o corpo não é para a fornicação, senão para o Senhor, e o Senhor para o corpo. Ora, Deus, que também ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará a nós pelo seu poder. Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo, e os farei membros de uma meretriz? Não, por certo. Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne. Mas o que se ajunta com o Senhor é um mesmo espírito. Fugi da fornicação. Todo o pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que fornica peca contra o seu próprio corpo. Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus."
1 Co 6.12-20
A retórica de Paulo em combate aos seus perseguidores e inimigos, seus e do evangelho, era que os coríntios mesmo convertidos a Cristo poderiam fazer o que quisessem, quando e como quisessem.
Isso é uma blasfêmia contra o sacrifício de Cristo, pois seu sacrifício nos libertou da escravidão do pecado (Gl 5.1), mas uma vez liberto não posso mais voltar as práticas da escravidão do pecado.
Podemos fazer o que quisermos então?
Sim, podemos tudo, só que não posso me deixar dominar por aquilo que é mal. O domínio próprio é um dos atributos dados por Deus para ajudar o homem a refrear a natureza da carne. O livre arbítrio dado por Deus é claro e objetivo, tanto que Jesus só será o salvador que quem quiser que Ele seja o seu salvador. O Espírito Santo vem e fala o homem de tudo (Jo 16.7-11), o homem aceita ou não.
É uma questão de consciência?
Claro que é! Se você foi liberto de velhas práticas que te conduziam ao inferno por qual razão então voltar a fazê-las? Ou, se eu sei que algo me era imposto e isso é ruim, por qual razão agora sem mais essa imposição eu vou continuar a fazer?
Essa consciência tem de estar em nós, pois a salvação da minha alma depende da minha escolha em buscar a santificação ou me entregar ao pecado de novo e estar sujeito a ser consumido pelo meu pecado (Rm 1.24).
Não tem como servir a dois senhores (1 Rs 18.21), ou escolhemos a escravidão com o diabo (isso mesmo é ele) ou fiquemos com aquele que nos libertou e nos deu liberdade de escolher.
Juízo
Ainda há uma coisa muito importante nesse contexto, o juízo.Toda escolha tem uma consequência e um juízo atrelado a ela. Não adianta correr depois de escolher, pois aquilo que plantarmos, colheremos (Gl 6.7).
Vigiemos, já estamos livres, já estamos justificados, já estamos nos preparando para o céu. Não deixe qualquer coisa te prender a terra.
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