"e não nos deixes entrar em tentação"
Mt 6.13a
Arthur Schopenhauer (Danzig, 22/02/1788 — Frankfurt, 21/09/1860) foi um filósofo alemão do século XIX. Ele é mais conhecido pela sua obra principal "O mundo como vontade e representação" (1818), em que ele caracteriza o mundo fenomenal como o produto de uma cega, insaciável e maligna vontade metafísica. A partir do idealismo transcendental de Imannuel Kant, Schopenhauer desenvolveu um sistema metafísico ateu e ético que tem sido descrito como uma manifestação exemplar de pessimismo filosófico.
Aí eu te pergunto: "Como um filósofo ateu conseguiu entender uma realidade tão profunda do poder de Deus?"
A oração de Jesus no Evangelho Segundo Mateus (6.9-13), Ele ensina-nos um modelo de oração ao Pai por diversas coisas, uma delas é justamente não nos deixar a merce de nossos próprios desejos e vontades.
Paulo na Epístola aos Romanos salienta algo que corrobora com o ensino de Cristo.
Rm 1.24-26 - "Por isso Deus os entregou à impureza sexual, segundo os desejos pecaminosos dos seus corações, para a degradação dos seus corpos entre si. Trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a coisas e seres criados, em lugar do Criador, que é bendito para sempre. Amém. Por causa disso Deus os entregou a paixões vergonhosas. Até suas mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, contrárias à natureza." (grifo nosso)
O fato de Mateus ser dito para livrar das tentações e em Romanos serem entregues não é contraditório?
Não. Em Mateus quem faz a oração é por que quer a presença e a proteção de Deus. Em Romanos, Paulo cita os que abandonaram a presença e a proteção divina por opção.
Talvez, Schopenhauer quisesse fundamentar suas teorias na qualidade "má" do homem em detrimento de tudo o que o um criador poderia gerar de bom nele. Porém, ele só constatou que a Palavra diz e afirma.
Somos maus, pecadores, indignos de qualquer privilégio, mas temos um Salvador que nos proporciona até a proteção de dentro para forma. Ele com seu poder nos guarda e apenas permite tentações que podemos resistir.
1 Co 10.13 - "Não sobreveio a vocês tentação que não fosse comum aos homens. E Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar. Mas, quando forem tentados, ele lhes providenciará um escape, para que o possam suportar." (grifo nosso)
Schopenhauer sem quer ceder a Deus glória, faz uma afirmação como essa, onde Deus é claramente o responsável por não sermos destruídos por nossos próprios desejos.
Referência:
ARTHUR SCHOPENHAUER. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2016. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Arthur_Schopenhauer&oldid=47525779>. Acesso em: 21 dez. 2016.
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