Texto Referência: Lc 22.47-53
"E, estando ele ainda a falar, surgiu uma multidão; e um dos doze, que se chamava Judas, ia adiante dela, e chegou-se a Jesus para o beijar. E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem? E, vendo os que estavam com ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta. E, tocando-lhe a orelha, o curou. E disse Jesus aos principais dos sacerdotes, e capitães do templo, e anciãos, que tinham ido contra ele: Saístes, como a um salteador, com espadas e varapaus? Tenho estado todos os dias convosco no templo, e não estendestes as mãos contra mim, mas esta é a vossa hora e o poder das trevas."
Jesus não tinha medo da condenação que lhe seria imposta conforme o texto, antes, sabia Ele o desígnio determinado 600 anos atrás lá nos escritos do profeta Isaías.
O servo do sumo sacerdote chamava-se Malco e foi o Pedro 1.0 (versão 1.0, antes da transformação pelo Espírito Santo) quem lhe arrancou a orelha direita quando tentou matá-lo com um golpe de espada (Jo 8.10). Isso mesmo o intuito do Pedro 1.0, aquele tipo que se diz "cristão" que está com Jesus, mas não conhece Jesus, queria era matar o servo do sumo sacerdote.
Jesus imediatamente restabeleceu a orelha daquele homem; Jesus não queria que sua luta fosse uma "resistência armada" contra o governo de Império Romano na Judéia, apesar desse ser o pensamento de muitos judeus a respeito do "Messias prometido". Contudo, essa não era a "marca" que Jesus Cristo imprimiria em sua trajetória.
Jesus não era um mero chefe de uma das muitas facções revolucionárias que havia em Jerusalém naquela época, e evitou que qualquer acusação verdadeira neste sentido fosse alegada em seu inquérito no alto tribunal religioso e político do judaísmo.
Temos dois personagens em relação a Jesus:
1) Malco - servo do sumo sacerdote e responsável pela prisão de Jesus naquele momento. Ele estava cumprindo as ordens dentro do sistema religioso que imperava na Judéia, ele talvez não cresse que Jesus fosse digno de condenação, mas tinha de cumprir seu papel.
Hoje: eles são pessoas que vem contra a Igreja de Jesus para cumprir com suas obrigações terrenas.
2) Pedro 1.0 - discípulo de Jesus, contudo em um estado de "carne" dominante. Ele andava com Jesus, via o que Jesus fazia, mas não tinha seu coração transformado. Bruto e rude cria que Jesus "não teria como se defender" daquela injúria.
Hoje: Cristão na Igreja que ao invés de colocarem Jesus para resolver os problemas preferem "bater boca" e "sair no braço" para resolver os problemas.
Fica agora aqui a reflexão:
"Como cristão, tenho sido um Pedro 1.0?"
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