Por James Simpson, descobridor do Clorofórmio.
"Quando menino, ainda na escola, vi, certa ocasião uma cena que nunca esquecerei: um homem amarrado a uma carreta e arrastado, aos olhos do povo, pelas ruas de minha cidade natal; de suas costas escorria o sangue das chagas produzidas pelo azorrague.
Era um castigo vergonhoso. Por muitos delitos? Não, por um só.
Ofereceu-se algum dos seus concidadãos para dividir consigo as chibatadas? Não.
O que cometeu o delito, teve de suportar só o castigo. Era o castigo de uma lei transitória, porque foi a última vez que foi aplicada.
Quando estudante, na universidade vi outra cena de que não me esquecerei jamais: um homem condenado à morte. Seus braços se achavam amarrados, seu rosto com a palidez da morte.
Milhares de olhos o espreitavam ao emergir ele da prisão, que se achava à vista.
Ofereceu-se alguém para morrer em seu lugar?
Aproximou-se dele um amigo, para tirar-lhe a corda do pescoço, e dizer-lhe: "ponha ao redor do meu, eu morrerei em seu lugar"? Não? Ele sofreu a sentença da lei.
Por muitos delitos? Não; só por um, o de roubar.
Ele violou a lei em um só ponto e por causa disso morreu. Era a pena, também nesse caso, de uma lei humana, transitória.
Foi o último caso de condenação à pena de morte por um delito dessa espécie.
Ainda vi outra cena, que nunca esquecerei: vi a mim mesmo, um pecador, à beira do castigo eterno, no lago de fogo.
Por causa de um só pecado?
Não, mas por causa de muitos, muitos pecados cometidos contra as imutáveis leis de Deus.
Eu olhei de novo, e eis que Jesus, se tornou meu substituto. Ele carregou sobre Seu corpo, no Calvário, todo o castigo por causa do meu pecado.
Ele morreu na cruz, para que eu pudesse viver na glória. Ele sofreu - o Justo pelo injusto - para conduzir-me a Deus. Ele me remiu da maldição da lei. Eu pequei e me achava condenado ao castigo eterno. Ele suportou o castigo e eu me livrei do mesmo.
A lei de Deus exigia uma retidão perfeita que nunca possuí. Outra vez olhei para Ele, e verifiquei que Cristo é o fim da lei para todo aquele que crê. A lei exigia pureza imaculada, e eu me achava manchado pelo pecado.
Novamente olhei para Ele, que nos amou e nos lavou de toda mancha de pecado, em Seu próprio sangue.
Eu era um filho de Satanás, um filho da maldição, mas a quantos O receberam, deu Ele o direto de se tornarem filhos de Deus, sim, a todos quantos crêem em Seu nome.
Eu encontrei Nele não só meu substituto, mas também o suprimento pleno para toda as necessidades da minha vida.
Anseio por vos anunciar este Salvador, porque, debaixo do céu, não há nenhum outro nome mediante o qual possamos ser salvos."