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terça-feira, 12 de novembro de 2019

A queda da soberba

"E, chegando-se alguns dos saduceus, que dizem não haver ressurreição, perguntaram-lhe, dizendo: Mestre, Moisés nos deixou escrito que, se o irmão de algum falecer, tendo mulher, e não deixar filhos, o irmão dele tome a mulher, e suscite posteridade a seu irmão."
Lc 20.27-28

O foco em si não vai aqui para resposta de Jesus a essa pergunta, mas para o que os "perguntadores" significavam.

Os saduceus pertenciam a uma linhagem sacerdotal de aristocratas judeus que influenciavam decisivamente a política e a economia israelense que não tinha adeptos entre os pobres.

Eles não acreditavam na ressurreição e pregavam suas interpretações sobre a Lei do Levirato (Dt 25.5,6; At 23.6-8).

Uma crença dos antigos judeus, que impunha à viúva o casamento com o irmão do marido falecido, com o propósito de assegurara continuidade da família, ou seja, da patrilinearidade (Gn 38.8).

Eles tinham influência religiosa, política e cultural ao seu favor, com isso podendo ditar ritmo na sociedade da época.

Isso acontece hoje na sociedade brasileira onde o ritmo dos diretamente ligados a eles é cadenciado pelos mais influentes e ricos.

A tentativa também contra Jesus era uma forma de se imporem diante daquela "ameaça" ao seu estilo que as palavras de Jesus vinham trazendo.

Se derrubassem Jesus ali, validariam emblematicamente sua autoridade religiosa e consequentemente sua autoridade social sobres os menos favorecidos.

Jesus ali venceu o combate destronando os saduceus de seu "trono de poder" opressor cultural mostrando que eles não conheciam o reino de Deus como eles imaginavam.

O Mestre foi contra todo o tipo de opressão nas mais diversas camadas da sociedade.

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