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quarta-feira, 3 de julho de 2019

Qual deve ser a duração de uma pregação?


Eu acho que muitos pastores, especialmente os mais jovens, estão regularmente lutando com essa questão. A pressão para responder é auto imposta, ou forçada por aqueles, em sua igreja, que reclamam que seus sermões são muito longos. O problema é que não parece ser uma resposta correta.
A resposta a essa questão depende em grande parte do tipo de pastor que você é, da qualidade do pregador que você é e do tipo de congregação a que você serve. À luz disso, aqui estão três princípios que podem ajudá-lo a responder a essa pergunta em seu contexto particular.

Um pastor deve determinar a duração de um sermão…

1) Com base em onde seu povo está, não onde você acha que deveria estar.

Nós devemos sempre desafiar nossa gente a crescer. No entanto, eu ouço falar de muitos pastores pregando sermões a um tempo que eles sabem que sobrecarrega a maioria de sua congregação. A razão… para forçar seu povo a ouvir a Palavra de Deus pela quantidade de tempo que o pastor acha que ele deveria ser capaz de ouvir.

Force sua congregação a crescer, mas não às custas de exasperá-la, tentando tornar o povo em algo que eles não são.

Deus deve fazer esse trabalho. Pregue fielmente, mas encontre-os onde eles estão. Deixe Deus amadurecê-los nesse lugar. Sua pregação faz com que eles anseiem por mais disso.

2) Baseado em quão bom e experiente pregador você é.

Eu temo que muitos de nós que amamos os puritanos lemos que eles pregavam sermões de uma a duas horas e pensamos “Eu quero ser como os puritanos”. O problema é que muitas pessoas que querem pregar uma hora, não são suficientemente boas ou experientes para pregar uma hora… ainda. Eu percebo que estamos pisando em águas subjetivas. O ponto aqui é a necessidade de avaliar honestamente quão bom e experiente você é como pregador.

Se você estiver nos primeiros dois anos pastoreando uma igreja, seus sermões provavelmente serão mais curtos, mais sucintos e mais simples do que você provavelmente pensa ou deseja.

Se você não puder honestamente avaliar sua pregação e permitir que outras pessoas interfiram para avaliá-las com você, acredito que você terá dificuldade em determinar a duração dos seus sermões que seja mais útil para sua congregação.

3) Deixe seu povo desejando mais, não menos.

Todo pregador passa por isso. Podemos sentir que estamos “perdendo” nosso pessoal e ainda temos dez minutos restante do sermão. Queremos ter certeza de que demos tempo adequado para a pregação da palavra de Deus, mas o princípio de deixá-los ansiosos por um pouco mais, é um bom objetivo a ser seguido. Eu preferiria deixar meu pessoal em um lugar onde eles quisessem um pouco mais, ao invés de exasperá-los demais.

Não subestime o desânimo que vem de alguém que sinceramente deseja um grande copo de água, mas, em vez disso, lhe colocam a mangueira de incêndio em sua garganta.

Lembre-se, estes são apenas princípios. Não os analise demais. Apenas pegue-os e aplique-os em seu contexto com seu nível de experiência de pregação. Por fim, lembre-se de que você é o pastor dessas pessoas a quem você está pregando. Pense como um pastor ao determinar a duração de seus sermões. Empurre-os para crescer. Nutra-os onde eles estão agora. Então, confie que Deus usará sua palavra e seus esforços para encontrar o equilíbrio que todo pastor deve procurar.

Por: Brian Croft. © Practical Shepherding, Inc. Website: practicalshepherding.com. Traduzido com permissão. Fonte: How long should I preach?

Original: Qual deve ser a duração de uma pregação? © Voltemos ao Evangelho. Website: voltemosaoevangelho.com. Todos os direitos reservados. Tradução: Paulo Reiss Junior. Revisão: Filipe Castelo Branco.

Brian Croft é o pastor efetivo da Auburndale Baptist Church em Louisville, Kentucky. Ele também é autor de "Visit the Sick: Ministering God’s Grace in Times of Illness”, (Prefácio de Mark Dever) e "Test, Train, Affirm, and Send Into Ministry: Recovering the Local Church’s Responsibility to the External Call", (Prefácio de R. Albert Mohler Jr). Brian escreve regularmente no blog Practical Shepherding.

Acessei e compartilhei daqui: Voltemos ao Evangelho

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