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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Povos não alcançados - Os Mouros

Habitantes do Deserto em Busca de uma Vida Melhor

A seca e as disputas tribais e raciais ameaçam os mouros do saara.

Perto do deserto o dia quente declinava. Numa pequena loja do bairro mais pobre da cidade, um homem de feições pálidas atendia os fregueses. Os olhos de e Mohamed Lemine pareciam cheios de lembranças. Recordavam as noites em que pernoitara nos vales distantes com os rebanhos de cabras e camelos. O ar era fresco e saudável e seu estômago se saciara de leite de cabra e carne de camelo. A família dormia sob o vasto céu do Saara. Mohamed Lemine era um mouro, e, como tal, chefe de família e líder de um povo altivo, que vagava livremente pelas vastidões do Saara há mais de mil anos. Tudo isto agora eram simplesmente lembranças. As secas de 1970 e 80 dizimaram os rebanhos de Mohamed. Linhas políticas traçadas no deserto o impediam de mover-se com o resto de seus animais para lugares onde poderiam sobreviver. Desse modo, ele e sua família comeram ou venderam o que sobrou do rebanho, e se mudaram, com outros nômades, para Nouakchott, capital da Mauritânia. Era a única maneira de sobreviver. Mohamed Lemine e a maioria de antigos nômades e pequenos fazendeiros da Mauritânia, se viram obrigados a prover novos meios de subsistência para suas famílias. Hoje o governo estimula a agricultura, mas os que tentam se estabelecer sentem-se desanimados, em virtude da seca permanente e da falta de terras cultiváveis. Por isto, mais de 80% dos mouros vivem hoje em áreas urbanas. Este processo de urbanização ocorreu tão rapidamente que não houve tempo para adoção de medidas sanitárias, habitacionais e de criação de empregos.

Pensando hoje em você...

Junte-se a nós orando pelos mouros.

"Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que porventura pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai que está nos céus." Mateus 18.19.

INVASORES ISLÂMICOS

Muitos ocidentais imaginam que os mouros são os invasores islâmicos que vieram do norte da África e dominaram a Espanha, até serem expulsos no século XI, muitos dos quais se estabeleceram novamente no norte da África. Os mouros da Mauritânia pertencem à etnia dos berberes árabes.

Um povo pobre num país pobre

Hoje em dia os mouros constituem a maioria da população da Mauritânia, nação paupérrima do ocidente da África, predominantemente desértica, criada pelos europeus, aparentemente sem levarem em consideração os diferentes grupos tribais que viviam na região há séculos. Além da pobreza, hostilidades tribais e raciais têm causado tensões internas, bem como com os vizinhos do norte e do sul, respectivamente Marrocos e Senegal.

Conflitos sociais

A Mauritânia é um Estado Islâmico, cujas instituições deram alguns passos em busca da democracia, numa sociedade constituída de um rígido sistema de castas. No topo se encontram os mouros brancos, constituindo um terço da população. Mantêm as rédeas do poder político e social e controlam os poucos recursos existentes no país. Os mouros brancos tratam com desprezo os negros, mas historicamente têm sido seus protetores. Os mouros negros são descendentes de escravos que vieram da África subsaariana. A diferença é mais social do que racial. O restante da população se constitui de não-mouros, africanos negros que foram dominados pelos mouros, às vezes pela violência. Apesar de por lei não existir a escravidão, ela existe de fato. A tensão social entre estes vários grupos é cada vez maior.

O evangelho é proibido

O idioma oficial é o árabe hassaniya, falado pelos mouros. O francês é o idioma comercial. No entanto não existem as Escrituras em árabe hassaniya, nem programas radiofônicos cristãos. Não é permitida a presença de missionários no país, e é proibido por lei pregar o evangelho na Mauritânia. Os mouros se converteram ao Islã no século VII. Para muitos o Islã é uma fé superficial, misturada com a magia, o ocultismo e a feitiçaria. Entre os mouros menos de 1% tiveram contato com o Cristianismo.

ORE PELOS MOORES!

- Para que Deus desfaça as trevas em que estão mergulhados, e prepare os seus corações para receber o evangelho. Existem pouquíssimos cristãos entre as um milhão e 300 mil pessoas deste grupo.

- Pelos 70 mil, aproximadamente, que se deslocaram para o sul através do vale do rio Senegal, e se fixaram em Senegâmbia para morar ou fazer comércio. Alguns desses imigrantes, conhecidos como Maures, aceitaram Jesus. Peça a Deus que levante uma Igreja verdadeira entre os Maures de Senegâmbia, para que o evangelho possa chegar à Mauritânia.

- Pela segurança dos cristãos que entraram no país exercendo tarefas de desenvolvimento e ajuda a refugiados, para que sejam sal e luz, e no exercício de seus afazeres, tenham um mesmo coração e um mesmo espírito.

- Para que a Bíblia seja traduzida em árabe hassaniya, e possa ser também divulgada em programas de rádio e traduções em cassetes.

- Para que esta nação desértica, tão necessitada, possa tornar-se economicamente sustentável, e que através do investimento de capital e envio de assistência, haja uma forma prática de os cristãos demonstrarem o amor de Deus.

Dados Estatísticos

Alfabetização: Cerca de 2,8% alfabetizados.

Alimentação: Legumes, arroz, cereais, tâmaras, leite e carne de caprinos e de camelos. Grandes partes dos alimentos são importadas.

Artes: Poesia e música.

Estrutura Familiar: ***

Fonte de Renda: ***

Idioma: Árabe Hassaniya

Igreja: Nenhuma

População: 930.000 mouros brancos Bidan / 370.000 mouros negros. Haratine

Recreação: ***

Religião: Islâmica Sunita - Mouros brancos / Islâmica Animista – Mouros negros

Saúde: Existem 170 médicos e 13 hospitais. Os médicos, em sua maioria, vivem próximo aos hospitais em Nouakchott. Alta incidência de doenças comuns.

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