Páginas do J.A.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Questões éticas


O ser humano não nasce pronto e acabado, mas sim com progressão para a aprendizagem. Pode até nascer ignorante, para depois ser um indivíduo pensante, e o mais inteligente. Ao nascer, o nosso arca bolso de conhecimento vem quase vazio, para ao longo dos anos, ir se completando com o conhecimento. Seja o conhecimento empírico, filosófico ou científico, ele se intensifica ao longo dos anos.

Vivemos em sociedade, e dividimos nossos conhecimentos, ações e contribuições. Adquirimos a nossa própria visão de mundo, repartimos valores, participamos e ditamos regras e normas, porque vivemos em grupos como seres dependentes uns dos outros. Assim resolvemos e procuramos soluções para as respostas da nossa vida. Quando os seres humanos nascem, já se encontram com esta realidade, e assimilam-na, e formam outras perguntas e respostas para as novas ideias. Assim a cultura vai se modificando a cada época.

Quando a cultura passa a fazer parte de nossa identidade, mesmo que não percebamos mais ela se torna uma segunda identidade. Então ela passa a ter o poder de repressão, isto é: Aqueles que não estão de acordo com as regra e normas desta cultura, são consideradas pessoas atípicas. Os que estão andando segundo a cultura, sentem-se em segurança e também passam a desprezar os ditos anormais.

Existem duas grandes maneiras de mostrar a sociedade. A Sociedade Tradicional e a Moderna. Na Tradicional, conservam o legado que recebem por tradição, sem modificação. Nada se pode mudar, a religião dita as normas. O sistema moral dita às regras dos valores, e tem poder de coação a todos que quiserem inovar.

A pobreza, o desprezo, e o descaso aos menos favorecidos, é uma tremenda falta de ética. Isso é uma crise que tem invadido o mundo, inclusive o Brasil. É necessária a colaboração dos empresários,políticos, religiosos e da sociedade, para começar a fazer a diferença nas questões de inclusão e justiça social.

A maior crise que o mundo está inserido, não é a crise econômica nem política e espiritual. Mas a crise da sensibilidade, porque não nos comovemos com quem está à margem, sem alimento, sem esperança nos hospitais. Não tratamos nossos semelhantes como irmãos, deixamos idosos nas filas, crianças jogadas nas ruas, e estamos tranquilos, sem comoção. Somos cruéis, insensível, seres brutos.

Existe hoje o risco da comodidade e aceitação, de aceitar que a desigualdade social é isso mesmo, e que a classe dos quem têm riquezas e trabalho é mérito deles. As classes dos que não têm nem a comida, é porque não tiveram sorte ou é o destino de cada um. Mas não devemos se conformar com a apartação. Assim, não existe a cooperação e nem a solidariedade no mundo de hoje. E percebe-se que a política está em atraso, desde os últimos quinhentos anos.

O trabalho é a base da sociedade, através dele as famílias buscam sustento, amparo e dignidade. Mas no mundo e também no Brasil, a falta de emprego tem causado grandes transtornos. Isso devido à indústria, robotização e automação que tem tomado o lugar dos trabalhadores. Sem trabalho não há sustento, comida, emprego compostura etc. Este é um problema a ser resolvido que tem tirado o sono de muitos líderes políticos.

Outro fator a ser considerado é o sistema de emprego no mundo. Existe um desequilíbrio produzido pelo capital, que põem muitos no patamar das riquezas enquanto outros mal fazem para a sobrevivência. Assim a acumulação de riquezas fica mal distribuída, prejudicando a maioria que se tornam excluída, sem participar ativamente da sociedade.

O alarme ecológico é uma preocupação ética. A terra está morrendo por culpa humana. A industrialização vem causando danos no planeta. A água potável será escassa e a luta pela sobrevivência será dramática. A ONU tem feito vários congressos para tratar este assunto. Esta é uma questão ética, que mostra nosso mau relacionamento com a natureza. Precisamos reaprender a trabalhar a favor do planeta e não contra ele.

O homem tem o poder da autodestruição do planeta. A força está em nossas mãos diz Sagan, precisamos tomar uma decisão se quisermos viver bem. Devemos tomar uma decisão política para instituir o princípio da responsabilidade pela terra. Não precisamos ensinar ninguém, uma criança sabe cuidar de seu caderno e roupa, e sabe que não pode sujá-los. Precisamos elaborar uma ética do cuidado, onde todos desenvolvam a responsabilidades, cuidados, alargando uma atitude amorosa e protetora.

O cuidado protege a vida, protege o corpo e prepara o futuro. Tudo que o ser humano faz, precisa ser com cuidado para não se tornar algo catastrófico. A ética da solidariedade anda junto com o cuidado. Ser solidário com os outros estabelece a reciprocidade. Os solidários são companheiros, dividem o pão com seu semelhante e reparte segundo as necessidades. Se cada individuo, cada empresa, comunidade ou sociedade assim agissem, estava estabelecida a cooperação e a inclusão e o mundo seria melhor sem destruição.

A ética da responsabilidade é o primeiro passo depois da reflexão. A hora de começarmos a fazer a diferença é já, agora. Se cada um de nós, começarmos a partir de agora a praticar a solidariedade e sermos mais cuidadoso, as coisas irão mudar. E mudar para melhor, porque as atitudes são como uma luz que vai penetrando, irradiando tudo. Se cada pessoa se tornar consciente, e começar a praticar as virtudes nas empresas, na comunidade em todo o meio, a paz, a alegria a cooperação o entendimento e a convivência tanto com nosso habitat, como com nossos semelhantes, será de alegria, amor e esperança.

www.alertafinal.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário