Páginas do J.A.

terça-feira, 7 de junho de 2011

A igreja de Belém fazendo missões


Devido aos excessos, hoje os dons espirituais tem sido confrontado. Precisamos preservar os ensinos bíblicos, como a Assembléia de Deus que nasceu sobre as doutrinas bíblicas ensinadas diligentemente.
A contribuição que Belém teve com a missão foi fenomenal. A chama do evangelho logo se alastrou pelos bairros, cidades e estados vizinhos atingindo assim a nação brasileira. Os cultos nos lares, com a evangelização gerava ovelhas, e o Senhor ordenava novos pastores para o rebanho.
Com a saída dos missionários e vários irmãos, da Igreja Batista, causou ira e furor principalmente pelo sucesso, milagres e salvação. Desencadeou uma grande perseguição e difamação contra os missionários. As demais congregações se uniram na perseguição para evitar a perca de membros para os missionários. Os veículos de comunicação também foram usados no combate à “Nova Seita” como eram chamados.
O Jornal Folha do Norte, enviou um repórter disfarçado entre os irmãos, para escrever uma matéria que desmoralizava a igreja. A reportagem causou grandes expectativas. O Aleluia e Glórias a Deus eram motivos de zombarias, as crianças, jovens e adultos eram menosprezadas nas ruas. Os curiosos querendo conhecer mais sobre a tal nova seita, forma aos cultos, até o repórter escreveu depois: “Nunca vi uma reunião tão cheia de fervor, sinceridade e alegria entre os crentes”. O resultado era salvação de almas.
Por muitos anos a igreja sofreu agressões físicas, apedrejamento que faziam os irmãos sangrarem. Casas eram destelhadas, cultos eram cancelados quando ameaçados pelo perigo. Certa ocasião ao longo do culto alguém bradou: “Oxalá uma onça devorasse esses pregadores de novidades”! Pouco tempo depois em sua casa, uma onça invadiu o quintal do individuo que gritou e o devorou. Caiu então um temor sobre a pequena comunidade que entendeu ser uma ação divina.
O crescimento de Belém era socioeconômico, e o ciclo da borracha favorecia este crescimento. As exportações cresceram grandemente, muitas pessoas estrangeiras circulavam pelas ruas da cidade de tal forma que os missionários não tiveram dificuldades em encontrar um intérprete ou alguém que dominassem o idioma deles assim que chegaram à cidade.
Porque Deus não escolheu o sul do país? Mais populoso, desenvolvido, clima afável parecido com o da Europa? Porque escolheu o norte? Região subdesenvolvida, rodovias ruins, condições de vidas precárias, dificuldades etc.?
Todas as denominações que começaram os seus trabalhos do sul ao norte, dificilmente chegaram à região norte. Prova disto é que muitas denominações que existem no sul, não encontramos no norte. Vemos a ação de Deus, dirigindo os missionários de norte a sul, fundando os trabalhos. Assim como à igreja primitiva estava ordenada pregar de Jerusalém, Judéia, Samaria aos confins da terra, os missionários alcançaram todo o Brasil, e mais alguns países a partir do norte.
O fogo do avivamento se espalhou por Soure, Mosqueiro, Vigia, Quatipuru, Igarapé-açu, Benevides, Capanema (o administrador do Alerta Final participou de uma convenção estadual em Capanema, uma bênção) Timboteua, Peixe-boi, Vila São Luís, Bonito etc.
Com o trabalho crescendo, houve a necessidade de separar obreiros para o trabalho do Senhor. Os primeiros pastores nacionais foram: Isidoro Filho (1912) separado por Gunnar Vingren. Absalão Piano (1913) obreiro no rio Tajapuru. Crispiano Melo, Pedro Trajano, Adriano Nobre, Clímaco Bueno aza, João Pereira de Queiroz e José Paulino Estumano de Moraes.
Os pastores estrangeiros, residentes no Brasil, salvos pelas mensagens pregadas pelos missionários foram: Bruno Skolimowski (polonês que chegou a Belém em 1909, separado dia 02 de março de 1921). Da Hungria João Jonas, salvo em Santa Isabel do Pará em 1933. Este evangelizou e ganhou para Jesus o pastor Alcebíades Vasconcelos.
A igreja se torna missionária e em 1914 enviava oferta aos missionários da China. Enviados a Portugal como missionário José Plácido da costa (1913), José de Matos Caravela (1921) com suas respectivas famílias. Eles fundaram a Assembléia de Deus em Portuguesa em 1924, e estenderam a mensagem até as cidades Lusitanas chegando também em Angola e Moçambique.
O estudo da palavra sempre esteve como prioridade na igreja. Assim em 1911 iniciou-se a Escola Dominical na congregação que estava na casa do irmão José Batista de Carvalho. Posteriormente iniciaram-se as escolas bíblicas para obreiros. Entre março e abril de 1922 o pastor Samuel Nyström dirigiu a escola.
Os institutos bíblicos por sua vez, encontraram dura resistência durante décadas. Os missionários e pastores argumentavam que a formação teológica gerava o formalismo. Os missionários e pastores tinham receio que o mesmo esfriamento espiritual que invadia a Europa, fosse possível através dos institutos. A proibição dos institutos bíblicos se deu em 1948 numa convenção geral.
Cinqüenta anos depois da fundação da Assembléia de Deus, é que tomaram a iniciativa de fundarem institutos bíblicos. O casal João Kolenda Lemos e Ruth Dóris Lemos fundaram em Pindamonhangaba SP dia 18 de março de 1959 o IBAD (Instituto bíblico das Assembléias de Deus). Hoje temos vários institutos e faculdades voltados ao ensino teológico.

Um comentário:

  1. Muito dos assembleianos tem posto de lado as diretrizes dos pioneiros no Brasil, porem tenho certeza que o dono da Obra não os deixará impune, e nem deixará que a sua Igreja pereça.
    O modelo antigo com certeza é mais eficaz. Abração.

    ResponderExcluir