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terça-feira, 5 de outubro de 2010

O PROPÓSITO DE DEUS

Queridos, que o amor do nosso Senhor possa estar presente nos seus dias, Lauro.

"Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos; porque toda a terra é minha; vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa" (Êx 19:5-6a)

Como vimos, depois que comeu do fruto do conhecimento do bem e do mal, o homem passou a viver por sua alma caída. A partir daí, começou a ser governado pela consciência, o que vemos claramente no caso de Caim e Abel (Gn 4:1-5). Caim queria servir a Deus com seu conhecimento humano natural e, à própria maneira, ofereceu-Lhe o fruto de seu labor na terra. Seu irmão, Abel, entretanto, serviu conforme Deus havia estabelecido e ofereceu-Lhe das primícias do rebanho e da gordura deste. A oferta de Abel indicava que o sangue foi derramado para purificar o homem de seus pecados e a pele do animal sacrificado foi utilizada para cobri-lo e tornar-se sua justiça. Deus não aceitou Caim e sua oferta, fruto de seu labor na terra, mas agradou-se de Abel e de sua oferta. A Bíblia diz que, por causa disso, Caim irou-se, descaiu-lhe o semblante, levantou-se contra Abel, seu irmão, e o matou (vs. 5, 8). Assim, o homem criado por Deus foi-se degradando cada vez mais.

Por fim, Deus desistiu da raça adâmica, a raça criada, e chamou Abraão, para dar início à raça chamada a fim de cumprir Seu propósito de trazer Seu reino para a terra (Gn 12:1-3). Abraão foi chamado para fora de um mundo idólatra, representado pela Caldéia, a fim de ir ao lugar que Deus escolhera, para ali adorá-Lo. Terá, o pai de Abraão, foi quem o ajudou a sair de Ur dos caldeus, quando levou a família para Harã, uma cidade da Assíria, que representa o mundo do pecado. Dali, Abraão, novamente chamado, foi para Canaã, o lugar prometido por Deus. Tempos depois, incapaz de depender de Deus para enfrentar a fome que sobreveio à terra, Abraão desceu ao Egito, que representa o mundo do sustento. Deus novamente o salvou, trazendo-o de volta do Egito para Canaã.

Anos depois, a descendência de Abraão desceu ao Egito e ali ficou por quatrocentos e trinta anos, até a época de Moisés (cf. Êx 12:40-41). Deus os salvou e queria levá-los novamente a Canaã e lá fazer deles um reino de sacerdotes (19:6). Confiantes em si mesmos, todo o povo disse ao Senhor: "Tudo o que o SENHOR falou faremos" (v. 8). Eles se julgavam capazes de guardar a palavra de Deus sem depender Dele, entretanto esse não era o propósito de Deus. O Senhor, então, deu-lhes os Dez Mandamentos a fim de expor a natureza pecaminosa do homem e, ao mesmo tempo, manifestar a santidade e justiça de Deus.

A nação de Israel não conseguiu guardar os mandamentos de Deus nem representar o reino de Deus sobre a terra. Assim, no Novo Testamento, o próprio Deus tornou-se homem na pessoa do Senhor Jesus Cristo (Mt 1:23; Jo 1:14). Como homem, Ele estava limitado no tempo e espaço; não podia estar para sempre conosco. Para cumprir Sua obra, Ele foi morto na cruz, realizou por nós a redenção e liberou-nos a vida divina. Em ressurreição e ascensão, Ele se tornou o Espírito que dá vida (1 Co 15:45) e, desse modo, a vida divina tornou-se disponível ao homem: quando o homem recebe o Senhor Jesus crendo Nele (Jo 1:12), essa vida entra em seu espírito (Rm 8:10), regenerando-o (Jo 3:3, 5). Hoje, o desejo de Deus é que o homem regenerado no espírito permita que a vida divina cresça em seu interior gradativamente, até que ele seja totalmente igual a Deus em vida e natureza, mas não na Deidade, a fim de expressá-Lo e representá-Lo por toda a eternidade. Esse é o propósito original de Deus que, agora, por causa de Sua grande salvação, pode se tornar realidade para Deus e para o homem.

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