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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Chuva Temporã e Serôdia

"E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque Ele vos dará em justa medida a chuva temporã; farei descer no primeiro mês, a temporã e a serôdia" Jl 2.23

Significados:

Temporã: Precoce, antes do tempo.

Serôdia: Que vem tarde, tardiamente.

Quando o profeta Joel escreveu sobre a chuva temporã e serôdia, Judá vivia uma época de grande devastação. Uma enorme praga de locustas havia aniquilado toda vegetação. Pastagens, tanto de ovelhas como de gado, morreram. Safras perdidas, fome e seca por toda parte.

Deus, através do profeta, convoca o povo ao arrependimento. O mal, sobre Judá, teria vindo por causa do pecado:

"Congregai o povo, santificai a congregação, chorem os sacerdotes, ministros do Senhor" Jl 2.15,16.

E em meio ao choro, pranto e arrependimento, Deus, envia promessa de abundância. Colheita a tempo e fora de tempo.

Campos devastados em nossas vidas

Às vezes, estamos assim, vivendo a devastação. Como se uma praga de locustas devorasse nossos sonhos de paz e prosperidade. De repente, sem piedade. Tirando-nos da "zona de conforto" Tudo que nossos olhos conseguem alcançar é destruição, tristeza. O que fazer?

Deus, através do profeta, orienta a busca pela restituição. Só o Senhor, pode restaurar os campos. Ele não convoca o povo a prantear pelo que se foi, mas pelo que haveria de vir. A busca, a total entrega a Deus, transformaria os campos:

"Vos envio trigo, o mosto, e o azeite, e dele sereis fartos" Joel 2.19

Ao cair à chuva temporã e serôdia, tudo seria restituído, em "justa medida". Assim é conosco. A chuva poderá tardar ou vir precocemente, ela, inicia um novo tempo.

A chuva serôdia veio sobre ele

Jacó: Trabalhou 20 anos para Labão. Este mudou seu salário dez vezes. Jacó sofreu humilhação, fome, frio, foi roubado e trapaceado. Mas, quando Deus enviou a chuva serôdia sobre ele, Jacó, partiu em direção as promessas. A serôdia superabundou. Os campos outrora áridos se tornaram férteis. Na descendência de Jacó, a restituição, aleluia! Um novo tempo. Jacó se chamaria Israel, descendência do Senhor. Gn 29,30,31.

Ela recebeu a temporã

Maria: Noiva de José, ainda virgem, acolheu em seu ventre, O Salvador Jesus. Imagino o escândalo que o fato teria causado: "Aquela Maria, parece santa, mas, nem casou e já está grávida". Os olhares, as repreensões os murmurinhos, "a praga de locustas" se apresenta nos relacionamentos de Maria. Entre sua vizinhança, seus familiares, amigos. Como explicar? Como se apresentar a sociedade? Quem acreditaria nessa história de "gerado através do Espírito Santo"? A locusta devorava em meio à chuva temporã. Maria, a mais agraciada, de todas as mulheres, grávida, antes do tempo: Do casamento, da primeira cópula. Os frutos dessa chuva abundaram para a vida eterna. Jesus, marcaria a humanidade para todo o sempre, passando até a dividir a história em a.C e d.C. Um novo tempo.

Ele sustenta

Quando Deus envia a temporã e a serôdia, Ele capacita para a colheita. Aleluia! Ele sustentou Jacó, Maria, sustentará a mim e a você.

Estudar sobre essa passagem do livro de Joel, fortaleceu minha fé. Fez-me olhar para algumas "áreas devastadas", com certeza de vasta colheita, no tempo determinado por Ele. Que assim seja para vós, filhos de Sião.

Autora: Wilma Rejane

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