Queridos, que a Paz esteja com todos!
DEUS QUER A PRESENÇA DO HOMEM
“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18)
Um dos principais encargos do apóstolo Paulo era a transmissão da verdade, conforme lemos: “E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros” (2 Tm 2:2). Entretanto, se apenas transmitimos a verdade a outros, ainda nos mantemos na esfera objetiva, ou seja, ela ainda não fez efeito em nós. O objetivo de Deus é que as verdades sejam trabalhadas em nós e se tornem subjetivas em nossa experiência; do contrário, essas palavras ficarão apenas na esfera doutrinária ou judicial.
Podemos dizer que para que a fé objetiva seja trabalhada na fé subjetiva, necessitamos do Espírito, que funciona como uma lente de câmera fotográfica. O que está na esfera objetiva ou judicial passa pela lente e, com um efeito inverso, é impresso em nosso interior. Em outras palavras, o objetivo de Deus é fazer com que a fé objetiva seja transportada para o nosso interior e se torne a nossa fé subjetiva por meio da Palavra de Deus e das verdades nela contidas. Como falamos anteriormente, a lente de nossa câmera fotográfica é o Espírito, o qual inclui o Pai, o Filho e o Espírito Santo (Jô 1:14; cf. 1 Cor 14:45).
O evangelho de João explica esse processo, mostrando que no princípio era a Palavra (ou Verbo), a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus (Jô 1:1). No versículo 14 lemos que a palavra tornou-se carne. Deus é a palavra que se tornou carne na pessoa do Senhor Jesus, a corporificação visível de todo o Deus Triúno na terra. Ninguém jamais viu a Deus; apenas o Filho unigênito que está no seio do Pai é quem O revelou. Jesus Cristo é o Filho unigênito do Pai (v.18).
A encarnação de Deus fica bem clara para nós pelo significado do nome ‘Jesus’, que corresponde a “Jeová mais salvação”. O nome Jeová não inclui Jesus, mas Jesus inclui Jeová. Outro aspecto importante é que Deus Pai habita em luz inacessível (I Tm 6:16), contudo o homem criado por Ele necessitava de Sua presença. Então, no jardim do Éden, Deus queria ter a presença do homem, para que Jeová e o homem criado tivessem a presença um do outro. Nós sempre temos o conceito de que o homem precisa da presença de Deus. Contudo, após Deus ter criado o homem, Ele disse: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Era como se Deus estivesse dizendo: “Eu vou criar o homem para tê-lo em Minha presença”.
Temos de perceber que não apenas nós precisamos da presença de Deus, mas Ele também quer nossa presença. Nós sabemos que o homem pecou ao comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal e, então, perdeu o objetivo para o qual foi criado. Por essa razão Deus o expulsou do jardim do Éden. Na condição em que estava, o homem jamais poderia receber o fruto da árvore da vida, pois, apesar de não ter morrido imediatamente, o elemento da morte entrara nele. O Senhor, diante disso, impediu que o homem que acabara de pecar comesse do fruto da árvore da vida e recebesse a vida divina. Conseqüentemente, uma vez expulso do jardim do Éden, Deus perdeu a presença do homem (3:22-23).
Louvado seja o Senhor, pois Deus tornou-se homem. Em Mateus 1:23 temos um outro nome maravilhoso – Emanuel, que significa “Deus conosco”. Jesus não é somente Deus; Ele é Deus conosco. Aqui vemos claramente que Deus deseja que o homem tenha a Sua presença, assim como Ele quer ter a presença do homem. Amém!
Que o nosso Senhor possa estar te visitando neste momento e te mostrando, o quanto é importante Ele ter a sua presença!
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